O dia começou com mais um ensaio. Apurar e preparar melhor a execução de marchas novas, que iriam ser estreia nas ruas de Amarante. Caras antigas e queridas de gentes que não se imaginavam em tal regresso foram revisitadas nessa manhã. A Banda estava mais que completa com a reformulação do núcleo duro que se vinha a perder. Após a bênção de Deus no mosteiro, as cruzes e a Banda saíram à Visita. Começara a festa. Ao som de “Caçadores do 1”, a Banda saiu à caminhada pela Alameda do Poeta, subindo à Baseira, numa caminhada que só acabou na Quinta do Salto, onde a Banda, tal como em outras casas, foi recebida com hospitalidade e amizade por gente amiga e generosa. Notava-se a diferença desde logo no público mais interactivo que batia palmas e ovacionava à passagem da formatura. Aplaudiam a Banda renascida e a mensagem que passava era positiva. Agrademo-nos, executantes, com este sentimento.
De tarde, a corrida foi orientada pelo novo maestro, fazendo turno com o nosso Director Artístico. Não acusou a responsabilidade, o novo homem da batuta, guiando a Banda pelos caminhos de S. Gonçalo, pelo lugar do Campo da Feira.
Notemos que talvez a emoção do dia tenha atingido o seu auge na passagem pelo quartel dos Bombeiros Voluntários de Amarante. Em acidental mas genial sincronia com o Compasso, a marcha do “Presidente António Conde” foi executada em frente à multidão que enchia a garagem das automacas, com a tradicional cruz de serrim no chão. Relata-se momentos de choro e emoção na casa da Instituição de que outrora fizemos parte. Os nossos irmãos alegraram-se com o nosso regresso. Caminhadas finais pelo centro da cidade, com cada vez mais vontade e energia apesar do cansaço, em direcção aos sinos que chamavam ao mosteiro. Uma vez no interior da nave, no início das cerimónias, a marcha de abertura das festividades, acabou por as fechar. Os “Caçadores do 1”, de Amílcar Morais, reuniram palmas, campainhas e ovações (numa cerimónia religiosa!). A “pancada” no prato, com a sua elevação logo a seguir, num dos temas da marcha, levava ao delírio, tanto músicos, como público. De destacar a prestação impressionante do naipe de trompetes. Quatro executantes no início da sua formação, que deram o perfeito toque militar à marcha, fazendo esquecer os abandonos e recusas por indisponibilidade de vir tocar trompete à Banda.
Os Parabéns a esta Banda de apaixonados, lutadores e sobreviventes.
"Parabéns, pois Amarante voltou a ver a sua Banda e vocês foram os responsáveis por isso. Um Muito Obrigado" - a Direcção