Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

sábado, 27 de dezembro de 2008

Boas Festas 2008/09

Em mais uma quadra natalícia, a Banda Musical de Amarante volta à rua para saudar os hospitaleiros conterrâneos. Com uma força que nem este frio abala, vimos trazer a boa-nova por meio daquilo que conta todas as histórias – a Música.
A si, que nos recebe nestas noites de cantares de reis (ou janeiras, se assim preferir), desejamos este ano que tenha um Natal em toda a sua plenitude de união familiar, culminando num novo ano em que essa união se venha a reforçar ainda mais, pois uma família unida enfrentará melhor todas as crises e malapatas sociais que possam haver, tornando a realidade e a actualidade lugares mais apetecíveis.
Assim sendo, fica o nosso desejo de um Natal cheio de harmonia e um novo ano primoroso na afinação.

- Cantares dos reis:

Venha ao berço de Menino,
Ilusão cheia de paz:
Tudo isso aqui lhe traz
Nosso canto cristalino

Regresso ao Reino vivido
É milagre do Natal,
É a família total
Ou o amor nunca perdido.

(coro)
Na noite da nossa Vida,
Tão querida e tão sofrida,
Há uma estrela brilhante
É o rio e as florestas
E as festas, boas festas,
Do Natal de Amarante

Momentos de encantamento
Lhe tragam um ano novo
Com os seus ou com o povo
Ou a sós, em pensamento.

Sinta a vida menos dura,
E, para que seja assim,
Viva o ano até ao fim
Em demanda da ventura.

(coro)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Novo fotolog

A Banda Musical de Amarante tenta sempre expandir-se pelas comunidades mais populares do world wide web. Assim sendo, uma das primeiras a que aderimos outrora, foi a comunidade fotolog, na qual nos possibilitam expor uma foto por dia, ficando essa foto como elemento principal da homepage.
Na altura o espaço dava pelo link de http://www.fotolog.com/herminio_azevedo, como forma de homenagem ao maestro de então. No entanto, e por uma questão de respeito, mudámos o link para http://www.fotolog.com/banda_amarante (já agora, clique aqui). Assim, o espaço fica mais personalizado de acordo com as nossas preferências e não se corre o risco de desrespeitar todos aqueles que fazem hoje parte do nosso passado.
Tal operação requeriu a eliminação do anterior espaço e criação de um novo, tentando manter as preferências do anterior. Assim sendo, ainda dispõe de poucas fotos, pelo que se tentará adicionar material novo todos os dias.
Não deixem de visitar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Vivos

Suponhamos que talvez haja vida na terra com o intuito de atingir marcas. Marcas pessoais, de realização de objectivos. Marcas temporais.

Ontem a Banda Musical de Amarante chegou à simpática marca de 154 anos de vida. Uma longevidade cheia de memórias, mística, histórias e trabalho, apenas interrompida por um curto hiato, que só prenunciou uma época completamente nova e mais motivante. Mas pausar não significa parar, e eis-nos de volta, com vontade sempre de dar “o melhor e mais um pouco” de cada um de nós e deste todo que é a Banda.

Tal como em 1854, mas não tão cedo, os executantes concentraram-se na sede da Banda a horas madrugadoras. Sete e meia e já lá estavam túnicas azuis, preparados para tomarem parte mais um ano na história e tradição desta instituição. Água ardente e vinho do Porto, figos secos e pão-de-ló. Rever um pouco a “matéria” e saltar para o autêntico frigorífico exterior que era o ambiente amarantino. A neve na serrania em redor deixava o ar frio, gélido mesmo. Mas não era nada que o músico não estivesse habituado. Interpretou-se o Hino da Restauração à porta da nossa casa, onde ensaiamos e delineamos todas as tácticas para os serviços. Seguiu-se para a nossa antiga casa, os Bombeiros Voluntários de Amarante, onde nos ofereceram um pequeno “mata-bicho” que soube pelo calor hospitaleiro. Rumou-se pela cidade abaixo, acenando à nossa terra-mãe e ao nosso lindíssimo mosteiro, dando também o devido relevo a uma das mais antigas instituições de imprensa de Portugal, “A Flor do Tâmega”. Seguiu-se a romagem ao cemitério, onde a “Alma Máter” pautou a nossa sentida homenagem aos amigos já idos. Lembremo-nos sempre desta marcha fúnebre. Apesar de ser um hino de despedida, foi a toada que nos saudou de volta quando nos reformulamos na já ida Sexta-Feira Santa. A manhã acabou com a cerimónia religiosa. Os entes sagrados, figurados no novo Pe. José Miranda, concederam-nos a sua bênção e desejo de continuidade, por toda a nossa importância como difusores da música – talvez uma linguagem de Deus, não querendo ser herege. Aproximando a Banda da paróquia, deram som à cerimónia um coro dirigido pela executante Beatriz Monteiro e seu organista e o executante Fábio Pinto da Costa na flauta Transversal. Finalmente, 13 horas, tempo para almoçar.

Salto no tempo, 14h15, já estavam de volta os músicos à sede. Hora de ensaiar uma última vez antes do concerto, a cereja em cima do bolo. Mais músicos vieram ajudar à festa, completando a formação, enriquecendo timbricamente o grupo. Chegada a hora, abrir-se-iam as cortinas ao público e dar-se-ia início ao concerto. Abriu-se com Consuelo Císcar, um passodoble castelhano cheio de delicadeza e cor. Seguiu-se com o Concertino de Weber para clarinete, abrilhantado pelo primeiro clarinete Carlos André. Ross Roy deu início à toada ligeira da tarde. A pequena e simpática Typewriter cativou claramente o público com uma coreografia cómica e viva. O medley de Carlos Santana prosseguiu após discurso do nosso presidente, Dr. Dinis de Mesquita e, porque estamos em Portugal, houve direito a uma rapsódia. Ao iniciar e finalizar o espectáculo, interpretou-se o “nosso” Hino da Restauração, como símbolo solene do nosso aniversário. Os maestros Manuel Fernando Marinho e Armando Teixeira dirigiram a Banda durante o evento. E como este dia é símbolo das ditas marcas, que falei acima, o discurso do nosso presidente contemplou precisamente este tema. Tivemos direito a despedir-nos de um executante que, por motivos de ordem maior, teve que se apartar da Banda, deixando-nos com pesar mas com bons momentos para recordar – o sr. Joaquim Borges em saxofone alto. Saudamos o mais novo executante, Delfim Carvalho em oboé. Congratulámos um dos nossos símbolos do grupo: Alberto Flores. O nosso eterno pratilheiro chegou à marca dos 50 anos de vida filarmónica. Teve direito à homenagem e a um sentido brinde da direcção.

Foi assim que passou a tarde. Veio a noite para deleitarmos o nosso paladar. O restaurante “A Grelha”, sempre fiel ao bom gosto gastronómico, providenciou um bom banquete, onde se juntaram músicos, amigos, directores e família. Houve tempo para discursos, onde o nosso presidente destacou a selectividade nos objectivos e serviços e a capacidade para lidar com homens, tentando primar pela diferença, assim como o agradecimento à Câmara Municipal por todo o apoio. A isto, o Dr. Armindo Abreu, autarca da cidade, respondeu destacando a importância da nossa colectividade na cultura e futuro do nosso concelho.

Termina assim o dia. Levamos todos para casa um sorriso pela vida que a Banda tem hoje. Vida nova. Ficam os agradecimentos aos músicos convidados, que vieram ajudar e abrilhantar o dia, com uma classe sem dúvida excelente; a dois maestros que fazem das tripas coração por esta Banda e que provam que são brilhantes e cada vez melhores; a todos os que trabalharam e mostraram o resultado, chegando a esta marca que nunca pode ser esquecida. Valeu a pena.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Recta final... do princípio

Pois bem. Eis que vai faltando pouco para acabar o ano. Sim, ainda é Outubro. Mas já são vinte e tais. Daqui a nada é Novembro e, pelas nossas simples contas, ficará a faltar um mês para algo importante. Pois, porque devemos ainda uma festa que no ano passado foi em silêncio. Ficámos calados e esquecidos, numa manhã de feriado da Restauração que, em Amarante, pareceu um dia banal. Mas olhai-nos agora, regressados, a completar um ciclo marcado por uma literal "translacção de 180º". Sim, porque hoje somos na mesma a Banda Musical de Amarante, mas somos algo diferente. Subimos do filarmónico de romaria banal para uma Banda enérgica e dinâmica, com mais profissionalismo e, ainda assim, amadorismo com amor, passo a redundância.

Entramos assim numa rota final daquilo que, ainda assim, é só o início do nosso caminho. Viemos e mostramos à nossa cidade que não estávamos mortos. E, para quem ainda duvidasse, ela acolheu-nos e abraçou-nos de forma emocionada, como uma mãe que se alegra de reencontrar a sua filha. E pisámos pegadas históricas dos antepassados da Filarmónica Amarantina, ou Banda dos B.V.A. ou Banda Musical de Amarante. Preparamo-nos agora para a mais histórica delas. É o nosso aniversário que se avizinha. Diz, certamente, muito a nós todos. Alguns até terão sido lançados numa festa a meio da época, mas o anúncio dos lançamentos de novos músicos eram sempre nesta data que vamos reavivar, depois da ausência do último ano.

É esta a nossa realidade. Estamos vivos. E é preciso fazer valer esta luta que foi. Desde quem fundou, a quem tocou por puro amor, até quem deu e dá o litro para sermos melhores devemos lembrar-nos de isso tudo e não deixar caír em vão. Trocou-se de direcção e de maestro. As mudanças são mais que evidentes. Coesão musical mais harmoniosa e expressiva, repertório mais apurado e bem desenhado, trabalho mais específico, dinamismo inovador. Mas a principal mudança que se deve operar vem de dentro de nós próprios. Sabermos a exigência da camisa que vestimos. Sentirmos o seu peso. E trabalhar. Talvez seja altura de olharmos para a caixa do instrumento em nossas casas e lembrar-nos da nossa Banda, que nos espera aos sábados de tarde, um pouco mais evoluídos que no anterior, e tocarmos, procurarmos que saia tudo bem tocado, que sejamos melhores. Não temos que dar provas a ninguém. Apenas a nós próprios. Dar a nós mesmos a prova que temos amor a esta instituição e à filarmonia, que tudo valeu a pena. Mostrarmos aos maestros que estamos aqui para andar ao melhor ritmo possível e que podem contar connosco para qualquer desafio. Todos temos apertos de tempo. Não é só um ou dois, somos mesmo todos. Mas há sempre espaço para a paixão, para a música, porque não há vida sem música.

É só este esforço final que temos que ter e manter para que provemos a nós próprios que vale a pena cá andar.

domingo, 14 de setembro de 2008

Despedida

Hoje, domingo, o Pe Amaro Gonçalo celebrou a sua última eucaristia dominical na igreja de S. Gonçalo. Pois sim. O nosso pároco, já muito afecto, despede-se no próximo sábado das paróquias de S. Gonçalo e S. Veríssimo - em suma, de Amarante. Será transferido pela diocese para o lugar de Secretário Diocesano para o Ano Paulino, ficando entregue à paróquia da sra. da Hora em Matosinhos, dando lugar ao Pe. José Manuel Miranda, que assumirá a orientação da paróquia de S. Gonçalo de Amarante e, obviamente, S. Veríssimo.

Assim sendo, quase 16 anos depois, uma das figuras mais carismáticas da nossa cidade deixa-nos, segundo o próprio e muitos mais, de missão cumprida. Numa posição difícil de aguentar, como é a de um padre, as opiniões sempre foram diversas sobre o Pe Amaro Gonçalo, mas sempre algo que lhe passou ao lado. Para este homem, o importante era trabalhar, dinamizando o máximo possível a paróquia, trabalhando por espalhar a fé e chamar mais cristãos à casa de Deus. E ele conseguiu. As suas homilias publicadas na Internet chegam a ser utilizadas por outros padres. Gentes de longe vêm para as suas missas. Como pessoa ganhou muitos amigos, deixando o hábito de monge na igrejae mostrando-se uma pessoa normal como todos nós. Não adepto da "beatice", é idolatrado por muitos e difamado por alguns que, coincidência ou não, simplesmente são os que dele discordam em ideias. Mas é, sem dúvida, uma mais-valia que a cidade vai perder. Para o provar, ficam as suas obras. Um excelente centro pastoral, uma vida paroquial muito bem dinamizada, modernizada e activa, uma conservação esforçada das muitas igrejas existentes na paróquia, entre outras. Mas, segundo o próprio, o Pe Amaro Gonçalo não leva com ele as obras, mas sim as pessoas que conheceu, batizou, casou e celebrou as mais variadas festas e missas, que o marcaram numa longa etapa em que ele chegou um jovem padre cheio de ideias, e sai, certamente, um padre respeitado e de enorme valor, não pela terra em que exerceu, mas pela sua enorme fé e busca de dar sempre o melhor à comunidade.

Foi sempre amigo das instituições de Amarante, particularmente da Banda Musical de Amarante, estando sempre ligado a nós, tendo aliás tido um papel iportante na reconstituição da Banda no início de 2008, após a sua queda.

Fica o desejo de boa sorte para aquele que ficará para sempre como o nosso símbolo de um "Padre Moderno".

mais informações aqui

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Conta como foi... (parte II)

Parar é morrer. Apesar de muito banal, este poderia bem ter sido o lema do estágio. Ninguém parava mesmo. Os maestros sempre de um lado para o outro, os incansáveis músicos sempre em aulas. Apenas uns curtos e preciosos momentos durante a tarde para o lanche. Fora outras distracções.
Ora, numa certa manhã, foram todos jogar futebol. Tal como se costumava fazer nas manhãs das Festas da Cidade. Mas numa manhã de estágio. Até o maestro Fernando Marinho apareceu à festa, sendo um elemento impulsivo e determinante para os resultados das partidas, não ponde de parte, nem mesmo aqui, a sua capacidade de liderança.
Era nestes momentos e nos momentos do jantar, que desapareciam cada vez mais as três bandas e ficava uma só, nem de Amarante, nem de Mancelos, nem de Várzea, mas sim de todos nós. Se o concerto dependesse da ligação entre os elementos, estava quase "no ponto".
À noite seguia o ensaio geral. Algo que se modificou ao terceiro dia. Ora porquê? Começaram os concertos. Primeiro concerto: professores. Na cozinha dos frades, os professores convidados demonstraram as suas habilidades com um bonito concerto, cheio de repertório contemporâneo. Com sala cheia e, mesmo assim, atrapalhados por alemães inconvenientes, assistiu-se a um bom espectáculo.
Após isto, o iceberg do qual só era vista a ponta nas aulas, mostrou-se um pouco mais, sendo possível ver que os professores mereciam mesmo o voto de confiança que lhes foi dado ao serem convidados.
Mais aulas, mais estágio, mais ensaio, e vinha o segundo concerto - o de alunos, no antigo cine-teatro. Repertório um pouco mais convencional mostrou o trabalho e evolução desenvolvidos durante o evento. Houve até espaço para os aprendizes mais novos e iniciados se mostrarem. Após isto, o que não faltava, era diversão. À noite, nas esplanadas à beira-rio, alunos e professores divertiam-se juntos. É claro, que sendo mais bem abastados, os professores pagavam umas rodadinhas aos seus alunos. Mas coisa pouca.
Restava agora só mais um concerto. O mais esperado. Nos claustros toda a gente poderia ver a banda que se andou a ensaiar durante uma semana. Toda a gente poderia assim observar se este evento valera a pena. E a conclusão das maiorias indica que sim.
Acrescentando a locução do locutor de Amarante, Delfim Carvalho, mais coreografias excelentes, o concerto revelou-se um sucesso. Após um discurso do presidente Dr. Dinis de Mesquita, seguia-se a última música programada, com direito a dois extras. E, não esquecer, que um dos momentos da noite foi sem dúvida a peça a solo de clarinete por Carlos André Silva. Os aplausos vinham da plateia e do palco para uma das nossas grandes promessas.
Houveram ainda algumas dúvidas acerca de certos pormenores, mas podemos já esclarecer: o compositor que fez o arranjo de "Santana- a portrait" é Giancarlo Gazzani. Nuno Penetro é um bom músico, que deu o exemplo durante todo o estágio, vindo em busca de mais conhecimentos, não saindo de mãos a abanar, de certeza; é uma pessoa cinco estrelas, e quem não o conhecia certamente adorou faze-lo.
A festa terminou com a entrega de diplomas. Seguia-se só mais um pouquinho de diversão nocturna. À despedida, os professores foram coniventes, dizendo que gostavam de cá voltar e que as Bandas têm bom potencial. Fica o desejo de os voltar a receber e de que hajam mais eventos assim, para que a música em Amarante seja sempre beneficiada.

Àqueles que preconizavam que os mais antigos não iriam aderir a este estágio, saibam que foram pontuais, merecendo destaque Gonçalo Flores, por ser o mais velho e, ainda assim, o mais assíduo e pontual de todo o estágio. Para quem não gostou da organização e dos cartazes e panfletos, saiba que foi opinião única, tendo estes sido recebidos com opiniões positivas e agradadas. Para quem ainda vive no bairrismo e rivalidade de outros tempos, saiba que issa já acabou. Para quem queria vir e não pode, saiba que não foi possível porque neste primeiro ano convencionou-se que só viessem as bandas do concelho. En eventos futuros estará mais aberto. As mais sinceras desculpas. Para todos, um muito obrigado. Em eventos futuros teremos todo o prazer em os voltar a receber e esperamos que voltem sempre.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Conta como foi... (parte I)

18/Agosto
É um frenesim o ambiente no Centro Pastoral de Amarante. Dezenas de músicos e aprendizes vieram à recepção dos participantes no Estágio de Verão da Banda. Músicos das duas pontas e do centro do concelho reuniam-se, após anos de rivalidade e bairrismo. Lançavam-se os alicerces para uma única banda, pelo menos naquela semana. Tudo finalmente calado, e o presidente faz o uso da palavra, apresentando o estágio, passando-a depois para o vereador da cultura e, por fim, para o maestro, que apresentou os objectivos do evento e os professores. Seguidamente, cada um se dirigiria para a sala que lhe era destinada, dando início aos trabalhos.
Foi só esta a primeira parte de um dia, como seriam os seguintes. No Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão, foi possível iluminar muito melhor os horizontes dos músicos participantes. Os professores, de qualidades inegáveis, proporcionaram ensinamentos importantes para quem se encontrava em iniciação, algo também muito útil para quem se encontrava mais avançado, e técnicas de aperfeiçoamento igualmente relevantes. Trataram também de preparar peças de música de Câmara com os alunos e ensaiar os respectivos naipes. Seria esta formação intensiva que decorreria durante cada tarde.
À noite, e após um jantar em conjunto onde, dia após dia, a convivência se tornava cada vez mais interessante; decorria o ensaio geral. Aqui ensaiavam-se simplesmente oito peças. Três peças novas e relativamente simples, para inovar repertório por estes lados, outras três peças já mais conhecidas, para executar peças de repertório de Banda com interesse, e duas peças extra, para alegrar ainda mais a festa final. Aqui os conhecimentos seriam ainda mais alargados, com ensinamentos sobre disciplina, apresentação e forma de tocar em grupo.
Decorreria assim a preparação destes músicos, alguns em serviço na sua respectiva banda e outros em iniciação. O objectivo consistia em três concertos, nos quais os professores teriam oportunidade de se mostrar, mostrar as suas classes e um último concerto de Banda. Restava só muito trabalho.

Diabos à solta

"Ouvi dizer que não tendes mais festas..."
Está mal. A Banda teve mais uma festa. Após um aclamado e extenuante estágio de Verão, a Câmara solicitou a Banda Musical de Amarante para abrilhantar a procissão dos Diabos à Solta, de modo a não quebrar de novo uma tradição que fora retomada no ano passado.
Com o estágio ainda fresco na memória, com os concertos como tema de conversa no seio da formação, a Banda apresentou-se ao serviço com a ajuda de mais três músicos, de modo a preencher as lacunas nos trombones, trompas e trompetes.
Sem tempo para ensaiar marchas fúnebres, a Banda seguiu ao somd e marchas de rua. O público aplaudiu na mesma. As condições nao seriam as melhores. O ambiente impossibilitava uma afinação perfeita e o aperto da multidão impedia a formação alinhada da Banda. Seguiram, ainda assim, rua abaixo, pelo tradicional percurso romeiro da cidade, isto é, de sta. Luzia ao largo António Cândido, regressando ao largo de S. Gonçalo. Na romaria seguia uma multidão de "diabos", seguida de mais figuras alegóricas, de dois carros de bois com as estatuetas dos diabos de Amarante e, não esqueçam, da Banda. À chegada a S. Gonçalo, a animação fazia ecoar a voz do mestre de cerimónias pelo largo e a reprodução da tradição seguia-se. Os diabos pediam ao S. Gonçalo a autorização para a festa pagã no largo e o santo assim a concedia, iniciando o baile com dança com a "diaba".
Face à necessidade de música popular para animar o povo e à solicitação para a Banda abrir o baile, executou-se o Festival de Bandas da Feira Popular de Lisboa, uma pequena obra com Medley de números populares.
Após isto, a Banda passava o testemunho aos outros intervenientes na festa, arrumando a "casa" e partindo para a sede.
Apesar do belo efeito junto ao público, os músicos encontravam-se estafados. Era o fim de uma semana longa e cheia de trabalho e, certamente, andar no meio da multidão, com dificuldades para alinhar, com obstáculos de fezes, entre outros, pelo meio, não é dos serviços mais gratificantes. Mas é assim que se vê quem é só um músico e quem tem vida para uma banda.
Termina assim esta festa e, consequentemente, esta aventura que começara no dia 18. Agora ficam as histórias para contar e, certamente, o desejo de mais.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Em estágio

E já rola a bola. Aprende-se, ensina-se, toca-se, grita-se, sorri-se, sente-se nervos. Mas, acima de tudo, faz-se algo que nunca antes se fez. Ensina-se uma lição a quem sugeriu que os mais velhos não iriam integrar-se bem no projecto - são dos mais dedicados. Junta-se as três bandas do concelho, transformando a eterna rivalidade numa competição amigável, mas só noutras alturas. Porque neste caso, as três bandas são uma só. E já só faltam poucas horas para o grande concerto. Não perder. Esta noite nos claustros da câmara municipal, ou noutro local abrigado, caso as condições meteorológicas tenham um revés, o concerto da Banda do Estágio de Verão da Banda Musical de Amarante. Mais tarde virá aqui parar a história toda...

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Semana da Banda Musical de Amarante 2008

A Banda Musical de Amarante realizará, neste mês, finalmente, um dos seus projectos mais ambiciosos: A Semana da Banda Musical de Amarante.
Este evento decorrerá de 18 a 22 de Agosto e será preenchido pelo Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão.
O Estágio de Verão consiste na preparação de repertório de Banda e será orientado pelos Maestros Fernando Marinho e Armando Teixeira (assistente), maestros da Banda de Amarante. Nele participarão todos os inscritos.
O Curso de Aperfeiçoamento de sopros será destinado a estes mesmos participantes, de modo a adquirirem noções básicas para a apredizagem do seu instrumento, com a orientação de professores conceituados.
Este estágio estará aberto, para já, a todos os músicos das Bandas do concelho de Amarante, independentemente do seu nível musical ou idade, indo de encontro à lógica de ser sempre tempo para aprender. Os horários serão flexibilizados, de modo a que quem não se encontre de férias também possa frequentar o estágio.
Irão ter lugar três concertos, em locais designados nos cartazes de artes da Câmara Municipal:
- Concerto de Professores (4ª feira dia 20);
- Concerto de Alunos (5ª feira dia 21);
- Concerto de Banda - encerramento (6ª feira dia 22).
Fica aqui a divulgação para todos os interessados e o convite a assistirem aos trabalhos e concertos deste evento que, esperamos, decorrerá de encontro aos objectivos de glorificar e evoluír musicalmente.

Os trabalhos terão lugar no Centro Pastoral de Amarante.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Quem é que não tem mais festas?

Ora, como dizia o vilão no velhinho filme "O Bom, o Mau e o Vilão" (aquele com aquela música maluca do Ennio Morricone), "no mundo há dois tipos de pessoas:" os que estão certos e os que estão enganados. Os que estão enganados, na sua dolorosa ignorância, afirmam logo que a nós, Banda de Amarante somos os "vós" que "não tendes mais festas", afirmam que "é uma vergonha os músicos que quiseram esta revolução, faltarem à Banda de Amarante para ir às outras". Os que estão certos sabem que um desses músicos tinha que se apresentar ao serviço na sua Banda na noite de 7 de Junho e, no entanto foi ao serviço da Banda de Amarante. Também sabem, ou ficam a saber, que nós vamos ter mais uma festa. Sim, vamos tocar fardadinhos e formadinhos nas ruas de uma localidade. Essa localidade é mesmo Amarante.

Reza a história, segundo o nosso querido Pascoaes, que a Banda de Amarante esperava os diabos na estação de caminhos de ferro, acompanhando-os depois em romaria pelas ruas da cidade. Não iríamos decerto ficar mal o nosso poeta local.
No próximo dia 23 de Agosto, um Sábado, temos serviço marcado para fazer esta romaria dos Diabos de Amarante. A Banda apresentar-se-á ao serviço logo após um dos seus maiores eventos de Verão.

Não faltem à festa...

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Origiais II

E, tal como prometido, aí vem a versão original de um excerto de mais uma obra. Desta vez, e mesmo só para divertimento, será uma obra que caiu no esquecimento.

Trata-se de "Festas no Pico". Pois sim. Trata-se de uma pequena selecção de temas populares portugueses. O autor junta a "Chula da Livração" de Paco Bandeira, "A Mulher Gorda" (popular) e o imortal "Bacalhau à Portuguesa" de Quim Barreiros. Esta obra era, então, específica para despedidas em festas mais populares e quentes, tendo sido erradamente utilizada, várias vezes, como rapsódia ou número ligeiro, noutros tempos.

Na canção em específico, Quim Barreiros faz menção ao bacalhau, alimento predilecto das gentes de Portugal, com todo o seu tradicionalismo e humor regional. Fica o vídeo de uma actuação ao vivo no arraial do INP.

domingo, 6 de julho de 2008

BMA Sede Aberta

Fica aqui já o convite.
Abre desde já um programa caseiro de tempos lúdicos e, ao mesmo tempo, de trabalho em conjunto pelos elementos da Banda. Assim sendo, de acordo com a disponibilidade de cada um, reunir-se-ão os executantes de modo a "dar umas notas", trabalhando assim, de uma forma "light". Em conjunto e em busca de boa disposição, faz-se assim o convite, em datas a combinar entre os elementos.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Originais I

Vamos lá dar algum uso mais a este espaço interactivo. Falemos de algo que, possa ser, digamos, didáctico para nós. Falemos da origem das canções que interpretamos. Talves nos ajude um pouco mais na interpretação das peças. Talvez achemos coisas, umas mais sérias, outras mais engraçadas. Talvez aprendamos um pouco mais de história, por muito ou pouco significado que uma canção possa ter.

Comecemos por uma canção que, se calhar, até confere um toada bastante engraçada a um dos números que nós, e várias bandas interpretam. Luís Cardoso compilou e escreveu o "Xutos Medley", uma devida e merecida selecção de temas de um dos grupos mais marcantes no panorama da música portuguesa. Gente de todas as gerações e idades venera os Xutos e Pontapés. Os seus temas representam sentimentos comuns e o seu estilo, apesar de pertencer a uma época já distante, continua a ser bem aceite pelas massas apreciadoras de música. Neste Medley, o compositor combina as canções "Quero-te Tanto", "Não Sou o Único", "A Minha Casinha" e um sempre «maluco» "Contentores". É desta canção que falaremos.

Faz parte do álbum de originais de 1987 (o nosso ano de campeões em França - perguntem aos mais velhos=)) "Circo de Feras". Com uma letra evasiva e futurista, "Contentores" herda o estilo punk rock e inovador que os Xutos marcaram. Fica o vídeo de uma interpretação ao vivo da canção, num concerto em 1988 no pavilhão do Clube de Futebol "Os Belenenses".


Proximamente teremos aqui um tema que nos fará viajar até ao passado. Não muito distante. Não fiquem à espera de algo muito elaborado, porque o tema é mesmo de festa. (hi hi hi)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

De volta ao trabalho II

E aqui fica mais um apelo de regresso ao trabalho. Pois desta vez iremos integrar trabalho mais ao estilo de uma Banda em condições normais. Ou seja, em vez de trabalharmos num certo aperto temporal, conforme fizemos da primeira vez, iremos ter tempo para preparar uma nova época. Época essa que será mais preenchida. É o extravazar do nosso sonho. Somos uma Banda Filarmónica de novo. Cotada e requisitada. Capaz e com classe.

Pautar-se-á o trabalho que aí vem, como seria de esperar, com preparação de novo repertório (querem saber qual é, vão ao ensaio) e aperfeiçoamento do que irá continuar. Ao contrário de anos anteriores, o trabalho de preparação de novo repertório será maior, pois a renovação de repertório será em mais larga escala, de modo a evitar a monotonia que nos desmotivava. De modo a cativar o povo e a nós mesmos, o repertório tem que ser renovado. De entre o novo repertório, haverá lugar para peças de nível mais erudito, nomeadamente Overtures clássicas, que foram a nossa única lacuna. Terão que ter um tratamento especial, devido à sua delicadeza e grandiosidade.
Individualmente, resta a cada músico treinar muito o seu instrumento. Trabalhar o som e a técnica, para depois os poder aplicar na interpretação de qualquer obra, onde se incluem as da nossa Banda. E todas as condições em prol destes objectivos serão disponibilizadas.

A Banda não tem nada que provar a ninguém. Já se provou que a nossa força é inabalável e o nosso amor à Instituição é muito grande. Já se provou que somos capazes de atingir um bom nível. Nós só temos que provar a nós mesmos aquilo que, como pessoas, já devemos fazer todos os dias - somos melhores que aquilo que pensamos ser.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Retrospectiva

Era uma vez uma Princesa do Tâmega. Linda e perfeita, por águas recortada e por montanhas guardada. Vila, cidade, vale e tradição. Nessa cidade haviam vinte sonhadores. Um sonhador é quem tem um sonho. Mas aqui eram vinte. Um Sonho de poder voar. Ir mais alto e descobrir novos limites. Descobrir até onde podem ir.

No entanto estavam condenados. Condenados a arrastar os pés cravados em cimento pelas ruas de reinos de pó onde caras sem corações lhes passavam ao lado indiferentes. Condenados a serem cada vez menos e mais fracos, abandonados à monótona perdição. Persistia só o Sonho.

Numa noite de Verão, daquelas noites calmas e confortáveis, mesmo próprias para o desabafo, três deles descobriram o Sonho. Sabiam agora que o partilhavam e, sendo um Sonho de três, era agora maior. De três ampliou para quatro e a crença tornava-se ainda maior. Vieram mais e mais e, logo depois, o Sonho já tinha tamanho para vinte. Veio a tinta para materializar o conceito. E muita tinta jorrou. Veio a batalha para levar o Sonho em frente.
Rendidos à esperança, perante ameaças e vigilâncias apertadas, com vaciladores, dezoito levaram a sua avante, em busca do Sonho. E o Império caíu. O outrora Império em decadência era agora um Reino perdido, sem rei nem povo. O Sonho jogava-se para a perdição. O nome deste Reino arrastar-se-ia pela lama. Muitos seriam os pretendentes ao trono, mas não passavam de príncipes da gargante, reis do devaneio.

Mas era tarde de mais para os que não acreditavam. Dos súbditos sonhadores, o Sonho tinha-se alastrado aos leigos conterrâneos que, movidos pelo amor a algo que é nosso, reclamaram o castelo, re-edificando as paredes da mui nobre casa. O Sonho ganhava assim pernas novamente. Aliás, asas.
Os súbditos reapareceram, como que sentindo um chamamento. Velhos injustiçados, atraídos pelo conforto do lar. E o olhar, quase paternal, de quem viera reencontrar os filhos perdidos das barbas brancas.

Como que por magia, o Sonho começava a cantar. Os novos barbas brancas sentiam-se só um e o reino estava pronto a avançar.
E, em três cruzadas, se reconquistou a Terra Mãe. A Marcha, a Devoção e o Duelo devolveram um estatuto há muito perdido. E o Sonho prosseguia como um lema. A força para continuar.
Mas, sendo o objectivo voar, o Sonho ainda dá só uns pulinhos. Os súbditos leais descobriram que não eram pequeninos. Que descubram agora o quão grandes são. Que descubram o quão sonante o nome do seu Reino lhes é no coração. Que levem a novos reinos o nome de um Sonho.

Chama-se Amarante. Faz-se de Música. Ama-se com Filarmonia.

Festas da Cidade

“A Banda de Amarante não caiu?”. Depois de uma festa da Páscoa em que o povo saudou a Banda e o Corpo de Deus em que, desta vez, aplaudiu, ainda havia dúvidas. Um dos nossos executantes teve mesmo que esclarecer um indivíduo com tal dúvida. Mas tal esclarecimento viria mais a seguir e em grande escala.

Pois bem, após uma manhã de brincadeira e convívio num jogo de futebol de cinco, seguiam-se agora as horas de trabalho mais duro. Ao início da tarde de Sábado, juntavam-se na sede da Banda Musical de Amarante músicos de toda a parte. Músicos de Amarante, que trabalharam meses e meses por este momento, músicos amarantinos que vinham de longe e músicos de outros lados que vinham ajudar uma Banda que, relembremos, começa do zero. Logo depois, os músicos de azul desceriam até à rua para dar a entrada para a festa das festas na cidade de Amarante. Ao som de Filarmonia, Caçadores do 1 e Manuel Joaquim de Almeida, a Banda seguiu para S. Gonçalo, logo seguida da sua congénere de S. Martinho de Mancelos. Com quarenta e dois músicos a alinhar, a Banda seguiu até S. Gonçalo, onde tocou virada para o público e para o Mosteiro, desceu ainda até ao largo de António Cândido, regressando novamente a S. Gonçalo, onde estavam os coretos à espera das formações filarmónicas.

Após a Banda de Mancelos também completar o seu cortejo, e mais um intervalo de descanso, afinaram-se instrumentos e preparam-se peças. Iria iniciar-se o concerto. Um momento dos mais esperados por toda a gente dentro e fora da Banda. O momento em que iria ser posta à prova a competência da Banda neste tipo de competição saudável, relembremos. Os aplausos fizeram sentir, mais que o calor meteorológico, o calor humano, que motivava cada vez mais tanto os músicos mais viajados, cuja qualidade nem se questiona, como os músicos mais amadores, cujo potencial estão sempre a descobrir. Numa tarde calma e alegre, repertório já de si bom deixava prever que obras ainda melhores estariam guardadas para o serviço da noite. Após este concerto, tempo para confraternização. Entre amigos, com apoio incondicional à Selecção Nacional de Futebol no EURO ’08, a festa não parou por ser intervalo, e os músicos menos chegados, por serem de mais longe e menos conhecidos, foram acarinhados num banquete amigável, num ambiente de proximidade.

Preparava-se agora o ponto alto do fim-de-semana, a noite de Sábado. Esperava-se a melhor música das bandas neste concerto. E, pelo menos da de Amarante, veio essa confirmação. Os temas executados, alguns ainda agora estreados, levaram o público ao rubro. E não se diz isto em jeito de “ode”. Na célebre “Volta ao Mundo” até os executantes da Banda de Mancelos vibraram, destacando-se a parte de Portugal, onde a euforia se ampliou com a vitória da Selecção. O concerto terminou com uma dedicatória especial à aniversariante Tâmara (clarinete) e os músicos puderam ir descansar para mais um dia que se avizinhava.

Domingo, dia do Senhor. Último dia das Festas da Cidade. Os músicos apresentavam-se com toda a força que lhes restava para fazer o dia que mais custaria, não só pela procissão, mas também por ser o dia com mais cansaço acumulado. Novo arruado pelas duas formações, interrompido para ver passar os aviões num espectáculo aéreo ao estilo do "Red Bull Air Race". Do concerto da tarde se realça que não se repetiriam peças, contrariando algum medo devido ao número ainda reduzido de obras no repertório e às obras que a Banda de Mancelos também executa. E, desta vez, não escapou ninguém à procissão. Debaixo de um Sol abrasador, as duas bandas lá seguiram o aparato religioso pelas ruas principais da cidade. Aqui a Banda também evitou a repetição de marchas, pelo que realçou um sentimento de missão cumprida pelos maestros quanto à prospecção de novo repertório.

À noite, momento se pura diversão, em que as bandas dariam início ao cortejo alegórico. Uma vez no fim, uma estreia absoluta. Ambas as bandas tocaram uma marcha em conjunto – “Manuel Joaquim de Almeida” de Carlos Marques. Algo inédito que abre as portas da Banda à confraternização com a sua irmã do oeste amarantino. Momento de descontracção. Não se podia exigir silêncio de músicos que deram tudo e que chegavam a esta altura cansados. Era simplesmente vê-los na sua alegria de quem ama a música, de quem vive uma festa ao máximo. Foram as Festas do Junho pela Banda de Amarante e Banda de Mancelos.

No fim fica o orgulho. De que tocámos bem. De que não ficámos mal à frente de ninguém. E de que mostrámos a quem esperava o nosso insucesso que estamos ao mais alto nível e prontos para tudo. Para quem vê a gestão com maus olhos, fica só a discriminação do número de músicos contratados: dois clarinetes, um fagote, dois trompetes, três trompas, dois trombones e um eufónio, o que perfaz um total de onze músicos em quarenta e dois ao todo na formação da Banda. De resto contavam-se apenas músicos da terra e com amor à Instituição que, do mais alto nível a um nível de amador, levaram zero euros à Banda.

Os parabéns a todos, músicos da terra dedicados, músicos de fora generosos, maestros super-heróis, directores omnipresentes e lendas fortificantes desta Banda.

Fica aqui mais um vídeo amador de parte da obra "Xutos Medley" interpretada no domingo dia 8.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Revolução 9 - 7 Presidência

Começou mais cedo a actividade da Banda que o que discriminava o programa das Festas. Às nove e meia da manhã de Sábado, já se juntava à porta do complexo desportivo da Costa Grande um grupo suficientemente grande de executantes, directores e amigos (ao contrário do que alguns previam), de modo a ser realizar o tradicional jogo de futebol integrado nas actividades das Festas da Cidade.
A ajudar, uma fervorosa claque, formada pelas nossas senhoras e meninas da Banda, veio ajudar a motivar os jogadores e cultivar um bom ambiente. Contou-se também com a participação de um jovem jogador das escolas do Amarante FC, o central Ricardo, sobrinho da nossa executante em clarinete, Beatriz. Uma jovem promessa a quem se profetiza um percurso brilhante, tal como alguém da mesma posição, mesma cidade e mesmo nome.

Assim sendo, passe-se desde já ao relato do jogo.
Equipas iniciais:
Revolução
- Cristiano (bombardino)
- Agostinho (trompete)
- José Albano (sax. tenor)
- Fábio (flautim)
- Ricardo (amigo da Banda)
Presidência
- Dinis de Mesquita (presidente)
- Vitor (vice-presidente)
- Óscar (percussão)
- Miguel C. (percussão)
- J. Miguel (amigo da Banda)
Suplentes usados
Revolucao
- Miguel M. (tuba)
Presidencia
- Fábio (flautim)
- Pedro (sax. tenor)

O jogo começou equilibrado, factor que mesmo com os golos se evidenciou. Senão veja-se. O marcador abriu com um bem colocado remate de Vítor do corredor esquerdo. O vice-presidente inaugurava o marcador quando, apesar do domínio da Revolução, a Presidência mantinha a calma e o controlo dos acontecimentos. No entanto, a Revolução iria chegar ao empate com um golo de Agostinho. O trompetista estreava-se a marcar nos jogos da Banda. A equipa dos mais jovens evidenciou mais o seu domínio ao chegar à vantagem pouco tempo depois, mas a jogada da manhã viria então confirmar este equilíbrio inicial. A partir de um canto, o presidente Dr. Dinis de Mesquita assiste J. Miguel para um cabeceamento colocadíssimo, sem hipótese de defesa para o guarda-redes de então na equipa Revolução. Uma jogada mais que estudada e, provavelmente, caseira, visto o presidente ser o pai do goleador.
No entanto, a equipa Presidência viria a sofrer um rombo, quando Miguel C. sofre uma entorse no tornozelo. Continuou em campo mesmo assim, mas ficando à baliza, contendo o esforço. Com a chegada de Miguel M., Fábio deu-lhe o seu lugar, o que proporcionou mais força e número de remates à baliza contrária, com o recém-entrado a marcar logo por duas vezes. Com as forças restabelecidas, Fábio entrou por fim para o lugar de Miguel C. que pode finalmente parar um pouco. A equipa da Presidência perdia consistência, face a uma equipa Revolução com um bom entrosamento e nem a entrada de Pedro veio desiquilibrar mais a favor da Presidência. Com muito trabalho de finta, corrida e passe de Cristiano e Ricardo, e bom jogo sem bola dos restantes, a Revolução foi aumentando a vantagem até aos 9-4. A equipa da Presidência só chegaria a uma recuperação minimamente relevante quase no fim, com jogadas individuais. Com os avançados da Revolução perdulários e cansados, a Presidência recuperaria até aos 9-7, realçando uma boa jogada individual de Óscar.

O jogo acabaria então com este resultado e com direito a invasão de campo. Contou-se com bom ambiente, muita proximidade entre os elementos, euforia e até mesmo um Sol abrasador que se fez de convidado. Houve tempo para uma foto de família final. Estavam abertas as actividades da Banda nas Festas do Junho 2008. Fica o agradecimento aos amigos da Banda, às nossas senhoras e meninas por proporcionarem ainda mais divertimento à actividade, e aos executantes, neste dia jogadores.

Poucas horas depois, seriam vistos todos estes, e mais alguns, devidamente fardados, com seus instrumentos, e prontos a golearem e brindarem o público, desta vez de notas musicais. Mas fica para uma outra história.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Plano geral das festas

- Sexta-feira, dia 6 de Junho
09.00h – Alvorada.
10.00h – Arruada por grupo de bombos.
10. 30h – Marchas populares infantis – Infantário-Creche “O miúdo” (Largo de S. Gonçalo).
16.00h – Animação de rua.
18.30h – Exposição Amarante na mala da Europa – Círculo Lago Cerqueira (Posto de Turismo).
20.00h – 1ª Maratona de Futsal – 24 Horas Cidade de Amarante (Pavilhão Municipal – ADA).
22.00h – Arruada com participantes no despique de bombos (Largo Conselheiro António Cândido e Largo de Stª Luzia).
23.00h – Tradicional despique de bombos. (Largo de S. Gonçalo).
00.30h – Sessão de fogo de artificio.

- Sábado, dia 7 de Junho
09.00h – Alvorada.
09.00h – Feira e Concurso pecuário de gado bovino Arouquês e Maronês. Abomarão (Feira do Cavalinho – Gondar).
09.05h – Arruada por grupo de bombos.
10.00h – Arruada pela Fanfarra dos B.V. Amarante.
11.00h – Arruada por grupo de bombos.
15.00h – Animação fluvial no Rio Tâmega: Guigas Parade; Festival de Canoagem.
15.30h – Arruada pela Banda Musical de Amarante e Banda Musical de Mancelos (Saída Stª Luzia e Largo Conselheiro António Cândido).
15.30h – Achega de touros – Abomarão (Feira do Cavalinho – Gondar).
17.00h – Concerto pela Banda Musical de Amarante e Banda Musical de Mancelos (Largo de S. Gonçalo).
19.00h – Eucaristia Vespertina do X Domingo do Tempo Comum/A 2008.
22.00h – Concerto pela Banda Musical de Amarante e Banda Musical de Mancelos (Largo de S. Gonçalo).
22.30h – Concerto "SantaMaria" (Antigo Parque de Campismo).
00.30h – Sessão de Fogo de Artifício, Fogo de Rio e Espectáculo Piromusical.

- Domingo, dia 8 de Junho
09.00h – Alvorada.
10.00h – Arruada pela Fanfarra dos B.V. Amarante.
11.00h – Eucaristia em Honra de São Gonçalo de Amarante.
11.00h – Arruada por grupo de bombos.
14.30h – Arruada pela Banda Musical de Amarante e Banda Musical de Mancelos.
15.00h – Arruada por grupo de bombos.
15.00h – Espectáculo de Acrobacia Aérea.
16.00h – Concerto pela Banda Musical de Amarante e Banda Musical de Mancelos – Largo de S.Gonçalo.
18.30h – Procissão em Honra de São Gonçalo de Amarante com o seguinte itinerário:
Largo de São Gonçalo; Rua 5 de Outubro; Rua Cândido dos Reis;
Avenida Joaquim Leite de Carvalho; Rua Camilo Castelo Branco; Rua João Pinto
Ribeiro; Largo de Santa Luzia; Rua Cândido dos Reis; Rua 5 de Outubro; Largo de
São Gonçalo; Ponte de São Gonçalo; Rua 31 de Janeiro; Largo Conselheiro
António Cândido; Rua António Carneiro; Rua 31 de Janeiro; Ponte de São Gonçalo e Largo de São Gonçalo.
20h30h – Bênção à Cidade e Lançamento de Cravos desde a Varanda dos Reis.
22.00h – Cortejo Etnográfico e Mostra das Colectividades Locais.
24.00h – Encerramento das Festas com Sessão de Fogo de Artifício.

Informação disponível a partir do site da Câmara Municipal de Amarante. Para o cartaz informativo clique aqui.

E não se esqueçam do nosso joguito no Sábado de manhã.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Quase no fim... do início

Estão cansados? Não podem. Não podem não, pois isto ainda agora começou. O nosso percurso inicial compõe-se de três etapas:
  • Re-apresentação em público;
  • Re-apresentação em coreto;
  • Re-apresentação em competição.
De que se trata isto afinal?
Ora explique-se que, feita a retrospectiva desde a festa da Páscoa, os dois primeiros itens foram alcançados, aproximando-se a hora do último.

Começámos obviamente pela reaparição em público. Uma das fases mais importantes. Mostrar que estávamos vivos ainda. Um processo cujo resultado seria crucial para apurar o nosso destino nas bocas do concelho e a nossa vontade em nos próprios. Marchámos pelas ruas de S. Gonçalo, espalhando, primeiro o tom fúnebre que pede o funeral de Jesus Cristo, e, depois, a harmonia e festividade que requer a sua resurreição - símbolos da Paixão Pascal. Recebidos com palmas e muita mais interacção do público, concluímos esta primeira etapa num ambiente fraternal e sentido com o regresso da Banda às ruas.

Seguidamente, foi vez de, para além de marcharmos mais, mostrarmos o nosso nível sinfónico. Subimos ao coreto e executámos o que andámos arduamente a ensaiar. O resultado era um bom desempenho, molhado de palmas e acompanhado de interacção positiva também. Conseguimos prender uma boa massa de espectadores, o que não acontecia há anos.

Chega agora a hora da terceira etapa. Vamos voltar a actuar, tal como no Corpo de Deus. Só que, desta vez, vamos ter e ser espectadores. É que, a acompanhar-nos, irá estar uma outra banda - a Banda de S. Martinho de Mancelos. Citar competição é falacioso. Mas, desde sempre, este género de serviços despertou um sentimento de competição saudável, em que as bandas exigiam ainda mais de si próprias para executarem as suas peças o mais perfeitas possível. É um sentimento especial e, ao mesmo tempo, banal para quem tem espírito filarmónico, pelo que este texto não visa lembrar-nos desse compromisso par a par com outra formação. Mas trata-se da nossa última estapa antes de voltarmos à nossa sede e fazermos o nosso balanço final daquilo que parecia um sonho... e ainda o é. E, claro, continuarmos a trabalhar. Porque, se precisámos de ensaiar muito para as primeiras duas etapas e continuamos a precisar trabalhar para esta que se avizinha, certamente, como homens e mulheres que somos, o trabalho acompanhar-nos-á também a partir de 9 de Junho. Será assim, que recuperaremos o nosso estatuto e, inclusive o melhoraremos, tal como temos feito com a nossa reputação.

Continuemos então com o nosso bom trabalho.

Sábado de manhã há um jogo de futebol para descomprimir e descontraír. A partir de Sábado de tarde nada mais existe. Apenas Amarante, nós, o nosso instrumento e as Bandas. Bom trabalho.

"Valete Fratres".

terça-feira, 27 de maio de 2008

Corpo de Deus

Houve festa na cidade. Feriado religioso da Festa do Corpo de Deus. O Corpus Christi celebra e realça a presença de Jesus Cristo no pão consagrado da eucaristia cristã. É, sem dúvida, uma festa cheia de simbolismo para a comunidade, onde a veneração, a procissão e o espírito festivo certamente se justificam.

Falar em festa requer pensar numa banda filarmónica. Falar na Festa do Corpo de Deus em Amarante requer lembrar a cor e harmonia que a Banda Musical de Amarante deram à celebração. Um misto de tradição, marcada pelo habitual horário de tarefas festivas, e de inovação, realçada pela nova cor da Banda – uma junção mais brilhante do habitual azul e bordeaux.

Em festa tudo correu. A Banda deu entrada ao início da tarde nas ruas de Amarante, ao som de marchas de arruada. Foi revisitado o percurso habitual, descendo a artéria principal da cidade (rua Cândido dos Reis), parando em frente ao mosteiro, passando o rio, prolongando o desfile ao largo de António Cândido. Após o arruado, nada de novo, contando com a experiência do dia de Páscoa. Apenas a evolução no desempenho, fruto do trabalho árduo nos muitos ensaios. Mas eis que chegara o momento que certamente todos esperavam. A Banda iria subir ao coreto, com a responsabilidade de mostrar frutos do trabalho de concerto realizado nos mesmos ensaios. A Banda não pode contar neste ano de recomeço com músicos efectivos de fora de Amarante, salvo algumas excepções. Apenas contou nos ensaios com a afectividade dos músicos amarantinos. Juntaram-se a estes outros músicos de enorme qualidade e de coração amigo. O resultado desta mistura não podia ser melhor. O público encheu o largo de S. Gonçalo, ao contrário do “passa, vê e vai embora” de outros tempos. A interacção da multidão foi visível e as palmas ecoaram pelo desfiladeiro por entre os edifícios sacros de S. Gonçalo-S. Domingos. Chegando à hora da procissão, o céu não se mostrava muito colaborativo na causa festiva e as preguiçosas nuvens não tardaram em chover em plena tarde de Maio. Face a isto, o sempre dinâmico pároco teve de arranjar uma solução. E arranjou. Improviso de procissão no interior da Igreja. A Banda, colocada na varanda do coro alto esperou pela sua hora de actuar. Nesse momento, ao som da marcha “Avé Maria” de A. Madureira, a celebração prosseguiu melodiosamente. Calmamente, uns com os outros, uns misturados com os outros, em plena fraternidade e boa disposição, com espírito livre, a Banda executou a marcha de uma forma que, confessadamente, comoveu as almas mais devotas á religião.

A Banda também teve tempo para fazer novos lançamentos na sua formação. A juntar a Abel Messias (trompete) – que se estreou na Páscoa e não pode estrear-se nos coretos por motivos profissionais – lançou-se Paulo “Paulinho” Ferreira. O jovem estreou-se de farda azul a transportar o estandarte da Instituição que raramente saía á rua, ficando assim para a história que o Paulo foi o primeiro em muito tempo a levar a bandeira na rua à frente da formação daBanda. No coreto foi ajudante na percussão, tocando os mais variados acessórios, destacando-se no poderoso e sonante gongo ou “tan-tan” para os mais habituados. Outra estreia a marcar o dia foi, sem dúvida, a do maestro Armando Teixeira a reger em concerto a Banda de Amarante. O nervoso miudinho ao compor as folhas de “Xutos Medley” não evitou a segura e brilhante regência deste maestro, que tem sido um bom trabalhador e um árduo lutador, ensaio a ensaio, na evolução desta Banda. Junto com Fernando Marinho, ambos têm concedido o rigor e a expressividade que têm marcado a diferença.

De realçar e chamar a atenção a quem não quis vir para a Banda por esta ou por aquela razão ligada à ambição pessoal, que a qualidade dos músicos contratados era visivelmente enorme, sendo algo que para alguns surpreendeu pelo estilo fora de série. Contratações de peso que, mesmo numa época difícil, não causaram transtorno à Direcção, à qual se louva a boa gestão. A estes músicos agradece-se o esforço, amizade e prontidão.

Fica o programa e a discriminação dos temas interpretados:

Marchas de rua:
• Caçadores do 1 – Amílcar Morais
• Filarmonia – Afonso Alves
• Manuel Joaquim de Almeida – Carlos Marques
• Manuel Sanches – Fernando Marinho

Obras em cocnerto:
• Consuelo Císcar (Pasodoble de Concierto) – Ferrer Ferran
• Cycles and Myths – Nuno Osório
Sax. Alto – Artur Emanuel Senhor
Flauta – Fábio Pinto da Costa
• Le Merle Blanc (Polka) – Eugéne Damaré
Flautim – Fábio Pinto da Costa
• Mar i Bel (Fantasía Española) – Ferrer Ferran
Trompete – Nélson Ferreira
• Santana (a portrait) – arr. Giancarlo Gazzani
Sax. Alto – Artur Emanuel Senhor
• Xutos Medley – arr. Luís Cardoso
• A Volta ao Mundo: Bands Around the World – Paul Yoder/Harold Walter & trecho de 1º Festival de Bandas da Feira Popular de Lisboa ’91 – João Neves
Caixa – Armando Teixeira
Bombo – Gonçalo Flores
Gongo – Paulo Ferreira
Tímpanos – Miguel Marinho
Trompete – Nélson Ferreira
Clarinete – Carlos André Silva
Trombone – Joaquim Oliveira
Exibição das bandeiras – Tâmara Pereira
• Português Suave (Rapsódia) – Carlos Marques
Fliscorne e trompete – Nélson Ferreira
Flauta e flautim – Fábio Pinto da Costa
Flauta – Liliana Marinho
Clarinete – Carlos André Silva

Marchas de procissão:
• Avé Maria – A. MAdureira

Fica então aqui o relato deste dia. Os parabéns ao Armando Teixeira pela sua estreia a reger, ao Paulo Ferreira pelo seu prémio pela devoção que sempre mostrou à Banda, ainda de tenra idade, ao Gonçalo Flores pelo seu regresso, sinal de grande amor à Instituição e a todos os músicos que puderam ver que os seus limites não eram aqueles que lhes impunham antigamente, mas ainda estão por descobrir. Os parabéns também ao Fernando Marinho que, movido pelo gosto à música e a esta Instituição, tem trabalhado arduamente por todos nós. Um grande abraço finalmente aos músicos amigos que vieram ajudar. Grande qualidade e grandes pessoas.

Reportagens visual disponível no @marantetv.

Fica aqui um pequeno vídeo amador de uma obra interpretada pela Banda, "A Volta ao Mundo". Perdão pela rotação de 90º.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Últimos Preparativos

Respirem bem fundo.
Vem aí o momento que esperámos.
Vamos ao coreto tocar para os nossos conterrâneos.
Fazem-se os últimos preparativos nesta semana de contagem decrescente. O largo de S.Gonçalo vai ser palco de teste ao nosso trabalho de recuperação. E, se for como tem sido nos ensaios, certamente será de nota positiva.
O corpo caseiro da banda tem evoluído muito bem. Achávamo-nos capazes há alguns meses de tocar certas peças, a tal velocidade, com compassos irregulares e com armações de clave cheias de acidentes?
Talvez até não. Eis que demonstramos agora que as nossas limitações não são aquelas a que éramos submetidos, mas ainda estarão por descobrir.
Ou talvez até fossemos já capazes. Mas só agora podemos, num grito de liberdade, expressar estas nossas capacidades.
Seja como for, somos uma banda finalmente. Conseguimos interpretar peças de vários estilos, do início ao fim com uma taxa de erro relativamente pequena, atendendo ao que está no papel, à expressividade e à direcção do maestro.
Agora demonstremos isso a público. Eles nos esperam.

Serão interpretadas peças do repertório ensaiado, de modo a se preencher um concerto, desta vez com a ajuda de músicos contratados, de modo a preencher as lacunas do corpo musical.

Mantenhamo-nos unidos, mais que nunca, pois as vozes do "contra" ainda não estão convencidas. Sabem que, como em qualquer tipo de relação humana, há conflitos; evitemos assim as clivagens, porque o mas importante de tudo é esta Instituição, pela qual todos nós, e não só alguns, arriscamos a honra.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Está quase..........

Pois é. Aí vem festa. Está quase. Está mesmo quase.
Cada vez mais temos que definir a nossa posição neste projecto. Se participamos mesmo a fundo nisto ou se temos medo de avançar.
Tudo foi feito por nós. Por aquilo que a Banda significa para cada um.
Já há exemplos de atitudes em prol da Banda que divergem um pouco da vontade pessoal, assim como de situações opostas.
Mas cada um de nós esperou este momento. E ele está aí a chegar.
A Banda já toca muito melhor. Isso é um dogma. Agora o trabalho não pára nunca.
Antigamente talvez fosse muito "light" e se resumisse ao trabalho feito na sede. Mas hoje a atitude é diferente. Trabalhemos em casa. Trabalho individual que faz de cada um de nós apto para tocar em conjunto. Só assim podemos preparar a Banda para os desafios que se avizinham. Temos primeiramente que ensaiar a espinha da terra como se fosse o unico conjunto que a Instituição dispõe. Após isso, sim, entrosaremos com os reforços que virão. Não temam. Eles vêm mesmo. Sabemos com certeza que, devido ao facto de não terem contrato connosco nem poderem vir a todos os ensaios. Assim, também com o nível que lhes é exigido, encontraremos todos, da terra e reforços, o encaixe necessário para fluir artisticamente.

Ressalva-se então a ideia de que por agora temos que trabalhar-nos a nós que somos a base desta Banda. Está certo que falta ver muitas coisas, mas não esqueçam que, pelo menos, um cocnerto está praticamente pronto para a próxima festa que se avizinha. Resta-nos dar "o nosso melhor e mais um pouquinho".

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Não esquecer

A Banda não prescinde nunca dos seus costumes saudáveis. Assim o aviso fica aqui e já.

Como é hábito, no primeiro fim-de-semana de Junho festejam-se as Festas da Cidade de Amarante - Festas de Junho.
Na manhã do Sábado desse fim-de-semana, é costume os executantes da Banda juntarem-se numa confraternização à portuguesa. Ou seja, neste país dos futebóis, a nossa confraternização é com um joguinho de futebol de 5 ou 7.
Assim sendo, todos os homens, e mulheres (abertos a surpresas =)), estão convidados a participar. Comam saladas, pratiquem desporto, façam jogging de madrugada, não importa. Preparem-se lá para um evento que, para além de fazer bem a vocês mesmos, faz bem à nossa Banda.

Estão todos convidados, executantes, directores e amigos da Banda.
Evento a realizar num local a definir.