Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Estágio

A melhor das experiências nunca pede um fim. Não pede para acabar e muito menos pede para ser esquecida. Pauta-se com episódios para guardar e não mais esquecer. Se falarmos no nosso caso, levamos todos para casa este evento que vivemos durante uma semana inteira. Voltou o Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão. E ninguém deu sinal de desapontamento. Mais uma semana para recordar. Mais completa ainda esta segunda edição.

A melhor das experiências teve, como qualquer outra, um início. Naquela tarde de 17 de Agosto, confirmavam-se as muitas inscrições. Caras conhecidas, caras novas, "olás" e "boas tardes", voltavam a dar vida ao Centro Pastoral de Amarante. Os maestros e directores faziam as honras, reapresentando, mais um ano, os objectivos do evento, bem como os professores e o solista. Alguns dos melhores profissionais a nível nacional, colaboravam ao serviço de uma causa nobre - passar o testemunho do conhecimento. Rapidamente se avançaria para as aulas. Cinco tardes de aperfeiçoamento da técnica instrumental, ensaios de naipe, ensemble e individuais. As tardes em que se criava a empatia entre alunos, outros alunos e professores, criando-se assim um núcleo unido para a Banda que ensaiaria à noite, preparando um lindo concerto final.
Quanto a concertos propriamente ditos, avamçaria logo um no primeiro dia. Os professores faziam o seu recital como abertura do evento. Traziam de novo um repertório de vanguarda, original e quase em jeito de comédia. Algo para divertir os espectadores e trazer um cheirinho da diversão e espectáculo que se avizinhava.
Na terceira noite, foi a vez dos alunos mostrarem o trabalho desenvolvido em ensemble. Os mais avançados e os mais novos não tinham distinção, e o concerto, no auditório da novíssima Casa das Artes, atraiu uma boa massa humana.
Após o fim de todos os trabalhos de cada dia, o convívio não escasseava. As esplanadas à beira-rio viam os seus empregados aplicar-se a fundo com a enchente multi-conselhia que jorrava para a zona. Festejando em forma de perfeito convívio, os membros do estágio davam vida a este evento.
Paralelamente a isto, decorreu o torneio de futebol, obviamente. No dia 18, nas meias-finais, a equipa de músicos da Banda da Lixa bateu a do corpo docente por 3-1. A equipa da Banda de Amarante bateu a de Mancelos por 6-4. Esperava-se a final agora. E o jogo foi renhido: após um duro tempo regular com um empate a uma bola, com uma grande exibição do guardião lixense, nos penaltys levou a melhor a equipa do conselho de Felgueiras, que levou a vitória para casa. Boa prestação da equipa caseira com um grande segundo lugar no torneio que, apesar de tudo e segundo alguns, só podia ter sido primeiro.
Não fosse tudo isto suficiente, ainda se organizou uma autêntica "tainada" à Amarantina. Ao largo do rio Ovelhinha, em Larim (frequesia de Gondar), as bebidas a refrescar na corrente do riacho eram sinal de presença da malta estagiária. Desta vez, cheirava a carne grelhada. Deliciosas fêveras foram servidas, cozinhadas pelos próprios elementos. A água fresquinnha da praia fluvial deu para relaxar na mesma manhã do concerto final. Após isto, toda a concentração, força no trabalho, aí vinha o concerto final.
Últimos ensaios e... voilá! Casa cheia a abarrotar nos claustros da Câmara. Tal como no ano passado, o público aderiu à causa. Com os nervos à flor da pele, os músicos nada mais ofereceram que classe. Num concerto com um programa bem trabalhado, as palmas e aplausos foram a mais merecida das ofertas. O objectivo último era atingido em grande escala.
Rescaldo: um convívio do melhor, concertos muito bem conseguidos, trabalho muito bem feito, ensinamentos valiosos apreendidos, um trabalho organizativo em equipa com muitos frutos, muitas boas lembranças a guardar.
Aprenderemos pois com os erros e contratempos deste ano, de modo a debelá-los nos próximos eventos, guardemos o que foi bem feito e venham daí as novas ideias. Este evento tem tudo para crescer.

Fica o programa do concerto final:- Bugler's Dream (Olympic Fanfare) - Leo Arnaud (arr.: Fernando Marinho)
- Fantasia Brilhante Sobre Temas da Ópera Carmen de Bizet - François Borne (arr.: Luis S. Romanos)
Flauta solo: Fábio Pinto da Costa
- First Suite in Eb - Gustav Holst
1. Chaconne
2. Intermezzo
3. March
- Serenade for Wind Band op.22 - Derek Bourgeois
- Fate of the Gods - Steven Reineke
- As 11 Partidas do Mundo - arr.: Amílcar Morais
(Extras)
- 76 Trombones - Meredith Wilson (arr.: Naohiro Iwai)
- Holyday in Rio

A gravação deste concerto pode ser encontrada na nossa galeria de músicas. As fotos de todos podem ser encotnradas na nossa galeria de fotos. Toda a informação no nosso site.
Após isto, os parabén a todos os envolvidos. Um desejo de boa sorte ao nosso maestro Fernando Marinho, no seu exame de mestrado do próximo dia 26, e ao professor Rui Maia, que interpretará a peça a solo para flauta desse mesmo concerto.
À Banda de Amarante, segue-se a festa dos Diabos e a preparação da nova época, com todos os desafios que nos trará. Bom trabalho de todos.
Um agradecimento mais ao @marantetv pelas reportagens dos concertos, assim como para a imprensa pela divulgação; ao locutor e manuseadora do material informático, pelo brilho que acrescentaram ao concerto final; ao professor Jorge Barrosos pelo auxílio prestado.
A melhor das experiências não tem preço.

sábado, 8 de agosto de 2009

Festas de Santiago - Figueiró - Amarante

A passos de formiga, sem sonhar alto de mais mas sem ficar para trás, vamos cumprindo o nosso sonho. Se dentro da nossa cidade, demos a confirmação de que estamos aqui, sempre melhores que o nosso melhor, prontos para tudo, faltava dar o passo fora de portas. E foi o que fizemos nesse Domingo 26 de Julho.

Esperava-nos S. Tiago, padroeiro da freguesia de Figueiró de Amarante. O primeiro desafio fora das portas da cidade desde 2008. A Banda apresentou-se com o seu plantel habitual, para o serviço. Como muitos outros, um arruado ao início da tarde, com direito a alguns brindes pelos habitantes, e rumo à igreja, onde nos juntaríamos à nossa acompanhante, a Banda de S. Martinho de Mancelos.
Apesar do planemaneto inicial, não deixou de haver surpresas quando o percurso do desfile inicial se mostrou outro que não o esperado, alongando-se as expectativas quilométricas. Mas nada a que não soubéssemos fazer frente. Outra obrigação não tínhamos, certamente.
No palco, a nossa qualidade musical, constantemente trabalhada para melhorar, mostrou as suas qualificações. A potência e brilho aliados à interpretação com alma de cada obra, deixou os espectadores a olhar, desconhecendo esta banda que houveram visto uns anos antes. É diferente sim senhor, saibamos reconhece-lo também nós. Somos mais Banda ainda. E temos que mostrá-lo. O trabalho contínuo é que provoca isto e não só um simples melhoramento de batuta.
Seguiu-se a procissão. Pequena e simples. Um devoção a Deus e ao santo da terra acompanhada pelas duas bandas com as tradicionais marchas solenes.
Após o jantar, em Amarante, voltar-se-ia para o concerto final. Três horas de espectáculo repartidas pelas duas bandas.
Com a montra do nosso repertório, brilhámos novamente nesta terra que nos aplaudia. Com o poder do passodoble "Olé! Contrabandistes" e a magia da Abertura "Guilherme Tell", o misticistmo de "Fate of the Gods" e o virtuosismo de "Le Merle Blanc", passando pelos sons "portuguesíssimos" de "Canções da Tradição". Tudo isto mostrou, mais uma vez, a nossa marca, o nosso som, que nos identifica. E, daqui, só levamos a aprender. A Banda já não é só de alguns, mas de todos nós. E todos nós temos que a fazer viver e mexer. Para além de que somos cada vez mais Banda, passo a redundância. Os elementos são todos caras conhecidas e habituais. Há os amarantinos, os professores da escola e os músicos que vêm ajudar, para quem gostar destas distinções. Mas a verdade é só uma. Temos a possibilidade de contar com estes músicos de muito boa qualidade e, acima de tudo, uma grande amizade que só tentamos retribuir. E isto mantém-se desde 2008, pelo que a Banda é só uma, tornando o entrosamento natural de uma Banda normal. Porque também foi uma das nossas buscas. Procurar ser uma Banda como muitas outras, melhorando sempre mais. O plantel mantém-se com uma "espinha dorsal" igual em todas as festas. E a camisa diz Amarante.

Ficam os parabéns aos músicos, por se ultrapassarem todos os dias; à Banda de Mancelos, pelo bom concerto que fez; e à Comissão de Festas, pela boa organização, endereçando também o agradecimento por ter requerido a nossa colaboração nas festividades.

A ideia a reter: somos a Banda Musical de Amarante.