Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Recta final... do princípio

Pois bem. Eis que vai faltando pouco para acabar o ano. Sim, ainda é Outubro. Mas já são vinte e tais. Daqui a nada é Novembro e, pelas nossas simples contas, ficará a faltar um mês para algo importante. Pois, porque devemos ainda uma festa que no ano passado foi em silêncio. Ficámos calados e esquecidos, numa manhã de feriado da Restauração que, em Amarante, pareceu um dia banal. Mas olhai-nos agora, regressados, a completar um ciclo marcado por uma literal "translacção de 180º". Sim, porque hoje somos na mesma a Banda Musical de Amarante, mas somos algo diferente. Subimos do filarmónico de romaria banal para uma Banda enérgica e dinâmica, com mais profissionalismo e, ainda assim, amadorismo com amor, passo a redundância.

Entramos assim numa rota final daquilo que, ainda assim, é só o início do nosso caminho. Viemos e mostramos à nossa cidade que não estávamos mortos. E, para quem ainda duvidasse, ela acolheu-nos e abraçou-nos de forma emocionada, como uma mãe que se alegra de reencontrar a sua filha. E pisámos pegadas históricas dos antepassados da Filarmónica Amarantina, ou Banda dos B.V.A. ou Banda Musical de Amarante. Preparamo-nos agora para a mais histórica delas. É o nosso aniversário que se avizinha. Diz, certamente, muito a nós todos. Alguns até terão sido lançados numa festa a meio da época, mas o anúncio dos lançamentos de novos músicos eram sempre nesta data que vamos reavivar, depois da ausência do último ano.

É esta a nossa realidade. Estamos vivos. E é preciso fazer valer esta luta que foi. Desde quem fundou, a quem tocou por puro amor, até quem deu e dá o litro para sermos melhores devemos lembrar-nos de isso tudo e não deixar caír em vão. Trocou-se de direcção e de maestro. As mudanças são mais que evidentes. Coesão musical mais harmoniosa e expressiva, repertório mais apurado e bem desenhado, trabalho mais específico, dinamismo inovador. Mas a principal mudança que se deve operar vem de dentro de nós próprios. Sabermos a exigência da camisa que vestimos. Sentirmos o seu peso. E trabalhar. Talvez seja altura de olharmos para a caixa do instrumento em nossas casas e lembrar-nos da nossa Banda, que nos espera aos sábados de tarde, um pouco mais evoluídos que no anterior, e tocarmos, procurarmos que saia tudo bem tocado, que sejamos melhores. Não temos que dar provas a ninguém. Apenas a nós próprios. Dar a nós mesmos a prova que temos amor a esta instituição e à filarmonia, que tudo valeu a pena. Mostrarmos aos maestros que estamos aqui para andar ao melhor ritmo possível e que podem contar connosco para qualquer desafio. Todos temos apertos de tempo. Não é só um ou dois, somos mesmo todos. Mas há sempre espaço para a paixão, para a música, porque não há vida sem música.

É só este esforço final que temos que ter e manter para que provemos a nós próprios que vale a pena cá andar.