Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mística e progresso

Eis que a época prossegue. Aos poucos, a passos de bebé, tornamo-nos num grupo com melhores performances. Aqui, na nossa casa amarantina, demos a alegria ao povo de nos ver não morrer e voltar às ruas e coretos da cidade. Várias festas passaram, muito trabalho foi feito, novos desafios se colocaram, semana após semana. E soubemos superar sempre quaisquer obstáculos. Sempre com esta nova filosofia de que o trabalho começa dentro de cada um de nós. Só depois de bem preparados, nos uniremos uns aos outros para saír toda a arte que nos tem caracterizado. E tem dado bons resultados. A crítica tem sido excelente. Os níveis de motivação vão crescendo, aliando a nova linha de trabalho começada no seio mais prematuro da Instituição - a sua escola. Novos activos ingressam na Banda com uma formação dedicada por parte de professores com reconhecimento elevado. Algo que alguns podiam também aproveitar - certamente muito vantajoso e gratuito.

Aprontam-se aí novos desafios. Olhem bem para o calendário. Vamos ter novamente aquele que foi um ex-libris das iniciativas da nossa Banda - um estágio de Verão. Todo o calor humano, trabalho descontraído e as noites de música ao luar vão regressar naquela semana de Agosto. E, vejam mais, vamos voltar aos serviços por fora. Deslocar-nos-emos a Figueiró, para reencontrar a Banda de S. Martinho de Mancelos em mais um evento cultural à amarantina. É uma nova prova - mostrar também fora das portas da cidade as mudanças que optámos por levar a cabo. Têm dado frutos. Mostremos então a evolução. Com o nosso trabalho, dedicação e sentido de responsabilidade, de disponibilidade de representarmos esta Banda, que tanto nos deu, tornar-se-á, de futuro, mais fácil desfilarmos em mais festas e romarias deste género, por este norte fora. Todos nós, músicos, queremos ter serviços, desfilar, romar e tocar, com outras bandas e para o público. Mas nada disso será possível confirmar sem sinais nossos de certeza de que esta Banda pode contar connosco. Porque esta Banda nada mais é que nós mesmos. E o seu corpo encontra-se incompleto sem um de nós, seja o elemento que for.

O desafio está aí. Para quem nota, muita concentração e amor, porque assim será fácil lutar. Para quem não nota, um pouco mais de dedicação tornará a luta e a união mais forte. Já está visto que, no coreto, deixamos o suor todo na camisa. Façamo-lo também nas importantes e, ainda assim, poucas vezes em que somos requisitados para representar a Instituição.

sábado, 20 de junho de 2009

Atelier Musical '09

Com a nova filosofia de ensino e evolução assente numa nova e melhor pedagogia, novas iniciativas foram tomadas desde o ano passado, com vista a uma melhor formação para os alunos da Escola da Banda. Nesse sentido, em 2008 foi levado a cabo um evento em que os alunos mais novos da formação experimentavam e escolhiam os instrumentos musicais para os quais a sua vocação mais os chamasse. O resultado está aí. Dois novos executantes desde Dezembro e uma nova "fornada" no ponto fulcral da sua evolução.

Assim, com base nestes bons resultados, o evento repetiu-se este ano. A nova classe, maioritariamente com inscrição em 2009, teve hoje a sua primeira experiência de contacto com os instrumentos musicais. Desde todos os tipos de sopros até à percussão, os primeiros sons dos nossos jovens projectos foram audíveis, entre risos de admiração e brincadeira com o ruído provocado em cada experiência.
Aliado a isso, procedeu-se ao devido encaminhamento de todos os alunos de toda a escola (caso interessados) para a inscrição no Conservatório de Amarante. Esta escola, já em funcionamento, irá regressar no próximo ano lectivo ainda com mais áreas de ensino no que diz respeito aos instrumentos que irão ser parte dos espaços curriculares. A Banda assim aposta no seu futuro e, principalmente, no futuro destes jovens promissores, que só terão a ganhar com uma formação artística especializada.

Revejam-se os actuais executantes também nestes jovens alunos que, um dia, juntar-se-ão a nós. São a promessa e o futuro, com qualidade. Somos nós, que um dia entrámos por esta porta para fazer parte de algo bonito, e hoje descobrimos que isto é algo único.

domingo, 14 de junho de 2009

Corpus Christi 2009

Eis-nos de novo na rua. Após várias festas à chuva, vento, até mesmo neve, finalmente Sol. Na passada Quinta-Feira, 11 de Junho, feriado do Corpo de Deus, esperava-nos um tempo quente de primavera, quase estival. Estava na hora de voltar à rua, para brindar a cidade com o nosso serviço filarmónico. Ainda há poucos dias decorrera o marasmo das Festas da Cidade, e voltaríamos agora para um pequeno encore do que houvera sido.

Simples e eficaz. As 14 horas, a Banda Musical de Amarante, agora a "solo", desfilava desde sta. Luzia até S. Gonçalo, prestando as devidas honras ao mosteiro de nosso padroeiro. Prosseguir-se-ia até ao largo de António Cândido (Arquinho), de onde se retomaria o desfile musical, que desaguaria na imponente igreja. Algum tempo para os músicos descansarem, pouco, pois aproximava-se a hora do concerto. No bar ao largo do mosteiro, os músicos puderam refrescar-se face ao intenso calor, relaxar um pouco e debelar qualquer necessidade. Chegava finalmente a hora do concerto. Subiu-se ao coreto e, tocando e assobiando inclusivé, ofereceu-se ao público mais uma hora de entretenimento, arte e cor, tal como os músicos têm lutado para dar. O gozo não se gastara todo nas festas do passado fim-de-semana e cada obra parecia a estrear. As memórias dos músicos certamente repescavam a alma empreendida naquelas tardes e noite algo frias das Festas da Cidade em que se intrepretara cada peça com o coração no sopro e/ou na batida. Esta tarde não foi excepção. Porque somos a Banda Musical de Amarante, construindo o nosso presente, que ficará como passado de orgulho, lutando sempre por um grande futuro, não de cada músico, mas do grupo, da Instituição. Porque somos seres superiores, possuidores de uma capacidade evoluída de comunicação que penetra nas almas espectadoras, transmitindo-lhes sentimentos que nós próprios criamos e transpomos para os nossos instrumentos, cada vez que envergamos a camisa com o nosso pendão ao peito, de letras escarlate referenciando, quem nós somos, de onde vimos e onde pertencemos. Porque somos Amarante.

Unamo-nos sempre, como fizemos nestas festividades que ocorreram, como é necessário nesta Instituição que, relembremos, está a crescer do que foi um zero, mas que vai ganhando asas. Unamo-nos pelos laços que temos, de irmãos, de equipa, de muitos num só, que sabem comunicar a linguagem briosa musical de Amarante.

Foi durante uma hora que, em relaxamento mais uma vez, se fez a espera para a recta final da festa - a procissão. Depois do concerto, com interacção com o grupo de bombos da festa à mistura, sairia uma hora depois a procissão, conseguindo contrariar a etempérie meteorológica impeditiva do ano de 2008.

Findou-se assim esta festa. Três saídas desde Sábado dia 6 até à Quinta-Feira seguinte. Vamos voltar ao nosso núcleo, conversar e preparar os novos desafios que estão a saír quentinhos do forno, para ultrapassarmos e provarmos a nós próprios, todos os dias, o que significa fazer parte dos "Barbas Brancas" de Amarante. Estejam atentos aos avisos para estas semanas subsequentes.

Fica, por último, o programa do concerto:
Consuelo Císcar, Ferrer Ferran
Guilherme Tell, Gioacchino Rossini
Fate of the Gods, Steven Reinecke
Xutos Medley, arr.: Luís Cardoso
Canções da Tradição, Luís Cardoso

terça-feira, 9 de junho de 2009

Festas da Cidade 2009

Manhã chuvosa. Inacreditável para tal data. Tratam-se das Festas da Cidade de Amarante. Sempre caracterizadas por um cheirinho estival, este ano encontravam-se debaixo de um pluvioso fogo cerrado. Mais não era do que as condições que nos eram concedidas para fazer parte dos festejos. E seria com isto que partiríamos para o nosso trabalho de entreter, colorir, dar brilho e ilustrar as Festas de Junho.

Na manhã chuvosa de Sábado, dia 6, elementos, directores e amigos da Banda Musical de Amarante reuniram-se no complexo desportivo da Costa Grande para o tradicional jogo de futebol de cinco entre amigos. Divididos unicamente pela cor das camisolas (Azuis vs. Brancos), este grupo de amigos transpareceu a união e boa disposição corrente na Instituição. A vitória dos Brancos por 10-7 mais não foi que o corolário de uma manhã divertida e saudável certamente, como o é qualquer período reservado à prática desportiva – para além de uma boa exibição daquela equipa, obviamente.

Mas o mais importante viria, certamente, dali a umas horas. Por volta das 14 horas e meia, a Banda Musical de Amarante apresentava-se ao serviço, no interior da sua sede. Acontecia que no exterior chovia a cântaros. Só após um pequeno tempo de espera se reuniram as condições meteorológicas para a prática musical filarmónica. Era agora tempo de arruar pela cidade abaixo, estreando assim o mais novo executante do grupo: João Pedro Cerqueira vestia a farda azul pela primeira vez, incluído no naipe dos trompetes. O arruado começou em sta. Luzia, seguindo pela principal artéria da cidade, a rua Cândido dos Reis, parando em frente ao mosteiro de S. Gonçalo, só acabando na rua 31 de Janeiro. Fechava o arruado, com o mesmo trajecto, a banda nossa congénere que nos iria acompanhar nas festividades, a Banda de S. Martinho de Mancelos.

Após o arruado, era agora tempo dos concertos. Nos dois coretos no largo de S. Gonçalo, lutando contra a chuva – e, diga-se, vencendo – as bandas executaram obras variadas do seu repertório. Na de Amarante, a harmonia foi encontrada com a máxima dedicação de todos, apesar de tais condições. O novo repertório foi trazido a público mais uma vez. Foi possível mostrar o trabalho árduo de Sábados a fio em trabalho, o brilho dos objectivos atingidos nesse trabalho e as vantagens da escola de música da Banda com a execução por parte dos professores de todos os naipes que incluíram o grupo nestas festividades, sem excepção. Em formato de pergunta-resposta entre as duas bandas, o concerto terminou duas horas depois ao seu início. Viria agora o tempo para jantar.

Retomar-se-iam os trabalhos as 22 horas, para o concerto da noite, o expoente das Festas. O povo vibrou com a execução, obra após obra, aplausos após aplausos. Os executantes deram tudo, atingindo o estado de prazer na execução de cada nota, algo quase transcendente. A Banda mostrou o seu som, sempre o mais refinado possível. O repertório pautou-se pela já habitual inovação e movimento. Acabaria à meia-noite para, finalmente, os músicos poderem também, como qualquer outro cidadão aproveitar as festas que, não tardaria, iriam ser abrilhantadas pelo tradicional fogo-de-artifício.

No dia seguinte, Domingo dia do Senhor, as bandas apresentar-se-iam uma hora mais cedo. Novamente o arruado e novamente um concerto. Nem parecia que tinha havido serviço no dia anterior. A energia mantinha-se, o brilho também e o repertório não parava de mostrar música apetecível e inovadora. Sempre debaixo do perigo da chuva, partiu-se para a procissão. Num trajecto desde o mosteiro até sta. Luzia (e pelo caminho de volta), as bandas revezaram-se na execução das marchas solenes.

No fim desta procissão, o Pe. José Manuel Miranda proclamaria a palavra de Igreja sobre estas festas, finalizando-se com um bonito show de lançamento de cravos, a flor associada a S. Gonçalo.

O céu não apresentava melhorias e a energia da festa foi finalmente vencida. As marchas alegóricas com as quais a festa findava eram canceladas pela organização. O estado do tempo não permitia qualquer tipo de certezas, pelo que não se iria realizar o desfile. Nada que não tirasse o sabor destas festividades. As Festas da Cidade são dos serviços mais apetecíveis e esperados por nós. E, contra a chuva, demos duas voltas ao mundo, três a Amarante e mostrámos o nosso trabalho, gozando da arte que praticamos com todo o amor.

Espera-nos nada mais que o resto da temporada. Cá estaremos.

Fica só o programa dos três concertos pela Banda Musical de Amarante:
- Sábado de tarde:
Consuelo Císcar, Ferrer Ferran
Cavalaria Ligeira, Franz von Suppé
Fate of the Gods, Steven Reinecke
Uvas do Douro, Duarte Ferreira Pestana
Santana – a portrait, Carlos Santana/arr.: G. Gazzani

- Sábado à noite:
Olé! Contrabandistes, Ramon Garcia i Soler
Guilherme Tell, Gioacchino Rossini
A Volta ao Mundo, Paul Yoder/Harold Walter
Xutos Medley, Luís Cardoso
Português Suave, Carlos Marques
76 Trombones, Meredith Wilson/arr.: Naohiro Iwai

- Domingo de tarde:
Campinos Scalabitanos, Samuel Pascoal
Ross Roy, Jacob de Haan
Le Merle Blanc, Eugène Damaré
As 11 Partidas do Mundo, Amílcar Morais
Canções da Tradição, Luís Cardoso