Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

155º Aniversário da Banda Musical de Amarante

E, de repente, cresceu...

Há somente dois anos, a Banda Musical de Amarante era um nado morto para alguns. Obviamente que se obterá tal sensação se, no seu aclamado dia de anos, ela não der sinais - o que aconteceu, no já ido 2007. Hoje ela respira, renasce e evolui. Hoje tem 155 anos e muitos novos valores que lhe dão garantia de futuro e sucesso. Hoje, este dia 1 de Dezembro de 2009 foi dobrado, no seu expoente, tal como no ano passado, cheio de harmonia, explorada ao máximo pela nossa Instituição.
E não foi fácil ultrapassar as adversidades deste feriado da Restauração. Chuva, atrasos, pneu furado... Sim, pneu furado! Este dia foi em cheio e cheio de surpresas.

Começando pelo início.
Manhãzinha na cidade princesa do Baixo Tâmega. Amarante clareava na luz matinal, mas as nuvens não mostravam o Sol em plena, ameaçando - e confirmando - a chuva que viria a sentir-se. Os músicos da Banda Musical de Amarante, como outrora os de barba branca faziam, apresentaram-se ao serviço na sua sede, para assinalar a efeméride de mais um aniversário da Instituição. À espera doselementos, bolachas, vinho do Porto e aguardente. Nada mais nada menos que a pura tradição, melhor maneira de saudar e integrar os novos elementos que se nos iam juntar. Tal tradição só não teve o seu normal seguimento por causa da chuva. A pluviosidade não cedeu a tréguas e o habitual desfile da Banda pelas ruas da cidade não seguiu.
No entanto, há momentos dos quais não se pode prescindir, por muito adversas que possam ser as situações. A visita ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Amarante é como que uma obrigação. Obrigação histórica, devido ao nosso passado comum, obrigação simbólica, pelo bairrismo que aquela instituição representa, pelos heróis que eles são para a cidade e pelos elementos que temos em cada posição na Banda, com profundas ligações.
No cemitério, apenas uma comitiva de alguns músicos, sem interpretar qualquer melodia, prestou homenagem. Os sócios e amigos ficam sempre marcados e, neste final de ano, a Banda apresenta-se no terreno de sua sepultura, para marcar que não, não se esquece. Ser sócio da Banda é ser parte de algo especial. E a Banda retribui.
A manhã terminou com a missa celebrada em honra da Instituição, presidida pelo Pe. José Manuel Ferreira.

A tarde traria o ponto alto dos festejos. Após um ensaio geral para ultimar os preparativos e entrosar os músicos que integraram a Banda para a actuação - já presença habitual nos nossos compromissos - realizou-se o concerto de aniversário. Começando sempre com a abertura solene interpretando o Hino da Restauração, o concerto reviveu alguns dos temas que marcaram a digressão da Banda durante o Verão e introduziu novas obras, deliciando os espectadores com tradicionalismo e humor criativo. Foram interpretadas mais uma vez as obras Fantasia Brilhante Sobre Temas da Ópera Carmen de G. Bizet (François Borne/trans. Luis S. Romanos), com a prestação a solo do flautista Fábio Pinto da Costa, e a abertura para banda Fate of the Gods, de Steven Reineke. Estreou-se na nossa Banda o Andamento Final da Suite Alentejana nº 2 de Luís Freitas Branco, pelo que se destaca aqui a exploração da música erudita de compositores portugueses, com alma extremamente lusitana. Após o início da peça seguinte, The Happy Cyclist de Ted Huggens, apareceu o nosso ilustre Anónimo actor a quem, ainda que dotado de uniforme, foi barrada a passagem ao tentar entrar. Contratempos à parte, este hoje ciclista lá ia acrescentar ritmo e alegria à canção, até que... o tal pneu furou. E agora? Eis que aparece o Anónimo número 2, qual D. Sebastião, que, dotado de uma bomba de ar, consertou o problema. Seguiu-se com o concerto, num envolvimento de boa disposição e alegria com o público que aplaudiu esta brilhante coreografia cómica. Qualquer parecença entre estes Anónimos e os
elementos Miguel Costa e Óscar Monteiro é uma pura realidade!
Finalizar-se-ia com a rapsódia Canções da Tradição, de Luís Cardoso e a reexposição do Hino da Restauração. Pelo meio, o discurso do nosso Presidente, o Dr. Luís de Mesquita, salientou o êxito da nossa Banda durante o ano, a aposta na formação baseada no investimento forte nos estudos dos alunos da Banda a cargo da Escola de Música do Centro Cultural de Amarante, e a inclusão no grupo de Banda de sete novos jovens elementos:
  • em flauta, Carla Alves;
  • em clarinete, Inês Pinto da Costa e "Paulinho" Ferreira;
  • em saxofone, Alexandre Morais e Bernardo Cardoso;
  • em trompete, João Pedro Cerqueira;
  • em trompa de harmonia, Mário Rui Mesquita.
Mas ainda há mais a salientar! A Banda assegurou a presença no seu conjunto do elemento Carlos Teixeira, em trompete, assim como da ajuda dos elementos Emanuel Silva, em clarinete, e Nuno Teixeira, em tuba, sendo que estes dois são titulares numa outra banda, apesar de tudo. O destaque não para por aqui, pois a presença de músicos professores no Centro Cultural de Amarante (e anteriormente na escola da Banda) melhora em muito a qualidade do grupo musical e ressalva a identidade amarantina, tornando a Banda ainda mais produzida em casa. Ainda aliando a presença de outros músicos que, apesar de não terem contrato, já integrarem compromissos da Banda desde o ano de 2008.

Após muitas fotografias, para mais tarde recordar, encontros e reencontros entre músicos e plateia, o orgulho nos olhos dos pais dos novos elementos, a alegria na cara dos maestros e o sentimento de dever cumprido no coração de todos os músicos, cerravam-se as portas da sede, para voltar ao trabalho poucos dias depois.
Não parariam aqui os festejos. O jantar, realizado no Centro Pastoral de Amarante, em ambiente tremendamente familiar e aconchegado, finalizou com discursos do Presidente Dr. Dinis de Mesquita e do vereador Dr. Hélder Ferreira, que destacou o contínuo apoio da Câmara, não só à Banda, mas como a várias instituições, com o desejo de manter viva as importantes raízes e tradições culturais (e não só) amarantinas, assim como o desejo de que os músicos aproveitem esta aposta que a Banda faz em todos eles, dignificando esta Instituição que os acolhe e luta pelo seu desenvolvimento, não só artístico, mas como pessoas.

Adocicando depois as festividades com o bolo de anos, chegaria ao fim o dia. Missão cumprida. A Banda cresceu, ganhou qualidade e está pronta para dar mais passos em frente, para novos desafios e compromissos, em sua prole, mas também em prole da música e da filarmonia. Se há algo que devemos aprender com este dia 1 de Dezembro é que cada um de nós é o elemento mais importante da Banda Musical de Amarante. Façamo-nos agora ouvir.

O concerto encontra-se disponível em vídeo no sítio do @marante tv e em áudio na galeria de músicas do nosso site. Na galeria de fotos encontraremos as imagens que ilustraram a festa, pelo "nosso" fotógrafo Paulo Teixeira. Esteve presente também a Emissora Regional de Amarante que entrevistou o Presidente e os nossos maestros.
Seguir-se-ão mais ensaios, mais compromissos (desde já as noites de Reis/Janeiras e a festa de S. Gonçalo). Destaque ainda para o concerto a realizar pela Banda "B", formada pelos alunos da escola, na tarde de Sábado dia 19 no Centro Pastoral de Amarante.

O folheto do dia do concerto contempla duas falhas. Não podemos deixar passar em claro a presença e actuação dos músicos Nélson Ferreira, em trompete e Hélder Torres, em percussão, não incluídos por esquecimento. A esses músicos as mais sinceras desculpas.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

1 de Dezembro de 2009

Neste dia 1, relembremos o sentido da palavra “identidade”. Outrora, há centenas de anos, o nosso país não o era – não era nosso. Por muito bom ou mau que isso nos possa parecer hoje, os antepassados desses nossos antepassados de então (passo a redundância) tinham morrido em nome dessa palavra que hoje devemos relembrar – identidade. Sentiram, desde cedo, que eram um povo diferente dos restantes peninsulares. Lutaram pelo seu espaço, pela sua independência, pela sua grandeza. Lutaram também, nesse dia 1 de Dezembro de 1640, por uma nova indepêndencia outrora esquecida. Lutaram porque acreditavam na sua identidade. Por isso é feriado; porque festejamos a luta pelo restabelecimento da nossa identidade – a Restauração.

Em 1854, naquela manhã, um grupo de homens, amarantinos, sentiu também no seu sangue uma identidade diferente: a alegria, sensibilidade e união da música e da filarmonia. Saíram á rua e mostraram-se à cidade. Hoje, relembremo-los também, porque nos deram esta identidade.
Durante estes 155 anos passámos do melhor e do pior, em diferentes gerações. Várias guerras (duas mundiais), várias crises, um fim de monarquia, duas repúblicas, uma dentadura... E tudo o que o país sofre, repercute-se pelos seus cidadãos e entidades. Mas, no meio disso tudo, sobrevivemos, sem fechar portas, sem perder a nossa identidade. E, como sinal que ela se mantem, cá estamos a festejar solenemente esta efeméride, sentindo o peso da camisa sobre o peito, a responsabilidade do que representamos nos ombros – mais que a Banda ou a nós próprios, representamo-vos a vocês, Amarante.

De geração em geração, como tudo aquilo que é mítico, hoje se passa também esta identidade a estes novos valores que saudamos:
Carla Alves, em flauta
“Paulinho” Ferreira e Inês Pinto da Costa, em clarinete
Alexandre Morais e Bernardo Cardoso, em saxofone
João Pedro Cerqueira, em trompete
Mário Rui Mesquita, em trompa
O sucesso do presente está em viver o momento. O sucesso do futuro está na boa interpretação do passado. O sucesso de um povo, e de qualquer entidade, está na compreensão da sua identidade.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A grande aposta

A aposta é forte. Diria mesmo mais, fortíssima!
O futuro constrói-se assim. A cantera que arranca a cada novo ano traz a certeza da continuidade à nossa Instituição.

A Banda Musical de Amarante está a apostar, agora mais que nunca, na formação dos jovens valores que dão entrada na sua escola, ano após ano. É esta, assumidamente, a maior das apostas dos órgãos directivos. Porque a continuidade prima pela oferta de activos, mas a identidade existe no produto caseiro. E a qualidade obviamente dependerá do ensino. O apoio do Centro Cultural de Amarante toma aqui papel importante, ao possuir um novíssimo Conservatório, no qual a Banda coloca os seus alunos a aperfeiçoar os conhecimentos e interpretação musicais. A iniciação à arte sonora fica na mesma entregue à Escola da Banda, pelo que os alunos iniciantes terão aulas de solfejo e iniciação musical. A selecção do instrumento ao qual o aluno melhor se adapta, aliado ás necessidades do corpo musical activo da Banda, traçarão a rota do novo aluno. A continuidade do Estágio de Verão garantirá este passo importante, ao ser dada ao aluno a oportunidade de trabalho e aquisição de conhecimentos com doutos professores. Às sextas-feiras de noite, estes novos alunos, já encaminhados com um instrumento, reúnem-se na sede da Banda, num pequeno ensaio sob a batuta do nosso maestro Armando Teixeira, de modo a começarem a recolher entrosamento entre eles, hábitos de performance em conjunto e sensibilidades musicais.

Assim, no nosso próximo aniversário, será possível ver uma colheita muito significativa desta grande aposta. Os novos músicos farão a sua estreia de farda azul, percorrendo a cidade e participando no concerto, como habitualmente é feito. É mais um aniversário da nossa Banda e, paradoxalmente, a aposta é torná-la, a cada ano, mais nova.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Demoníaco

No passado dia 23 de Agosto lá se voltou a cumprir a tradição. Tal como há muitos anos atrás, a Banda Musical de Amarante foi esperar as figuras demoníacas de Satanás e sua consorte. Vindos de Inglaterra (segundo a história), puxados em carros de bois, seguidos dos foliões em jeito pagão, com a Banda a abrir caminho, as duas figuras infernais seguiram até ao largo de S. Gonçalo. Com artistas manejadores de instrumentos de fogo a abrir caminho na rua rodeada de multidão, a Banda seguia-lhes, interpretando marchas de desfile, como se de uma simples escolta a andores ou juízes de festa se tratasse, interpretando com naturalidade o seu papel em tal teatro. À chegada a S. Gonçalo, apenas uma peça para abertura de baile, esperando logo depois os seguintes grupos alegóricos, de modo a que, após os discursos dos animadores-mor, se seguisse todo o festejo.

No final deste serviço muito peculiar, finalmente o fim de toda uma semana plena de música. Após um estágio com muitas boas recordações a guardar, três concertos e muito convívio, este serviço vinha trazer a réplica da união que se apreendera durante a semana transacta.

Resta agora fazer contas. Fechar esta época, com tudo o que foi bom, o que foi mau, e preparar a nova, corrigino o que foi mau, repetindo o que foi bom e trazendo novas ideias. Reforçando a nossa união e preparando a entrada de novos valores, que se vão formando em grande número e qualidade na nossa escola, traremos à luz mais uma temporada de trabalho que, certamente, culminará em mais um passo naquilo que queremos ser - uma Banda cada vez melhor; nós próprios.

Façamos todos parte de tal projecto.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O Estágio

A melhor das experiências nunca pede um fim. Não pede para acabar e muito menos pede para ser esquecida. Pauta-se com episódios para guardar e não mais esquecer. Se falarmos no nosso caso, levamos todos para casa este evento que vivemos durante uma semana inteira. Voltou o Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão. E ninguém deu sinal de desapontamento. Mais uma semana para recordar. Mais completa ainda esta segunda edição.

A melhor das experiências teve, como qualquer outra, um início. Naquela tarde de 17 de Agosto, confirmavam-se as muitas inscrições. Caras conhecidas, caras novas, "olás" e "boas tardes", voltavam a dar vida ao Centro Pastoral de Amarante. Os maestros e directores faziam as honras, reapresentando, mais um ano, os objectivos do evento, bem como os professores e o solista. Alguns dos melhores profissionais a nível nacional, colaboravam ao serviço de uma causa nobre - passar o testemunho do conhecimento. Rapidamente se avançaria para as aulas. Cinco tardes de aperfeiçoamento da técnica instrumental, ensaios de naipe, ensemble e individuais. As tardes em que se criava a empatia entre alunos, outros alunos e professores, criando-se assim um núcleo unido para a Banda que ensaiaria à noite, preparando um lindo concerto final.
Quanto a concertos propriamente ditos, avamçaria logo um no primeiro dia. Os professores faziam o seu recital como abertura do evento. Traziam de novo um repertório de vanguarda, original e quase em jeito de comédia. Algo para divertir os espectadores e trazer um cheirinho da diversão e espectáculo que se avizinhava.
Na terceira noite, foi a vez dos alunos mostrarem o trabalho desenvolvido em ensemble. Os mais avançados e os mais novos não tinham distinção, e o concerto, no auditório da novíssima Casa das Artes, atraiu uma boa massa humana.
Após o fim de todos os trabalhos de cada dia, o convívio não escasseava. As esplanadas à beira-rio viam os seus empregados aplicar-se a fundo com a enchente multi-conselhia que jorrava para a zona. Festejando em forma de perfeito convívio, os membros do estágio davam vida a este evento.
Paralelamente a isto, decorreu o torneio de futebol, obviamente. No dia 18, nas meias-finais, a equipa de músicos da Banda da Lixa bateu a do corpo docente por 3-1. A equipa da Banda de Amarante bateu a de Mancelos por 6-4. Esperava-se a final agora. E o jogo foi renhido: após um duro tempo regular com um empate a uma bola, com uma grande exibição do guardião lixense, nos penaltys levou a melhor a equipa do conselho de Felgueiras, que levou a vitória para casa. Boa prestação da equipa caseira com um grande segundo lugar no torneio que, apesar de tudo e segundo alguns, só podia ter sido primeiro.
Não fosse tudo isto suficiente, ainda se organizou uma autêntica "tainada" à Amarantina. Ao largo do rio Ovelhinha, em Larim (frequesia de Gondar), as bebidas a refrescar na corrente do riacho eram sinal de presença da malta estagiária. Desta vez, cheirava a carne grelhada. Deliciosas fêveras foram servidas, cozinhadas pelos próprios elementos. A água fresquinnha da praia fluvial deu para relaxar na mesma manhã do concerto final. Após isto, toda a concentração, força no trabalho, aí vinha o concerto final.
Últimos ensaios e... voilá! Casa cheia a abarrotar nos claustros da Câmara. Tal como no ano passado, o público aderiu à causa. Com os nervos à flor da pele, os músicos nada mais ofereceram que classe. Num concerto com um programa bem trabalhado, as palmas e aplausos foram a mais merecida das ofertas. O objectivo último era atingido em grande escala.
Rescaldo: um convívio do melhor, concertos muito bem conseguidos, trabalho muito bem feito, ensinamentos valiosos apreendidos, um trabalho organizativo em equipa com muitos frutos, muitas boas lembranças a guardar.
Aprenderemos pois com os erros e contratempos deste ano, de modo a debelá-los nos próximos eventos, guardemos o que foi bem feito e venham daí as novas ideias. Este evento tem tudo para crescer.

Fica o programa do concerto final:- Bugler's Dream (Olympic Fanfare) - Leo Arnaud (arr.: Fernando Marinho)
- Fantasia Brilhante Sobre Temas da Ópera Carmen de Bizet - François Borne (arr.: Luis S. Romanos)
Flauta solo: Fábio Pinto da Costa
- First Suite in Eb - Gustav Holst
1. Chaconne
2. Intermezzo
3. March
- Serenade for Wind Band op.22 - Derek Bourgeois
- Fate of the Gods - Steven Reineke
- As 11 Partidas do Mundo - arr.: Amílcar Morais
(Extras)
- 76 Trombones - Meredith Wilson (arr.: Naohiro Iwai)
- Holyday in Rio

A gravação deste concerto pode ser encontrada na nossa galeria de músicas. As fotos de todos podem ser encotnradas na nossa galeria de fotos. Toda a informação no nosso site.
Após isto, os parabén a todos os envolvidos. Um desejo de boa sorte ao nosso maestro Fernando Marinho, no seu exame de mestrado do próximo dia 26, e ao professor Rui Maia, que interpretará a peça a solo para flauta desse mesmo concerto.
À Banda de Amarante, segue-se a festa dos Diabos e a preparação da nova época, com todos os desafios que nos trará. Bom trabalho de todos.
Um agradecimento mais ao @marantetv pelas reportagens dos concertos, assim como para a imprensa pela divulgação; ao locutor e manuseadora do material informático, pelo brilho que acrescentaram ao concerto final; ao professor Jorge Barrosos pelo auxílio prestado.
A melhor das experiências não tem preço.

sábado, 8 de agosto de 2009

Festas de Santiago - Figueiró - Amarante

A passos de formiga, sem sonhar alto de mais mas sem ficar para trás, vamos cumprindo o nosso sonho. Se dentro da nossa cidade, demos a confirmação de que estamos aqui, sempre melhores que o nosso melhor, prontos para tudo, faltava dar o passo fora de portas. E foi o que fizemos nesse Domingo 26 de Julho.

Esperava-nos S. Tiago, padroeiro da freguesia de Figueiró de Amarante. O primeiro desafio fora das portas da cidade desde 2008. A Banda apresentou-se com o seu plantel habitual, para o serviço. Como muitos outros, um arruado ao início da tarde, com direito a alguns brindes pelos habitantes, e rumo à igreja, onde nos juntaríamos à nossa acompanhante, a Banda de S. Martinho de Mancelos.
Apesar do planemaneto inicial, não deixou de haver surpresas quando o percurso do desfile inicial se mostrou outro que não o esperado, alongando-se as expectativas quilométricas. Mas nada a que não soubéssemos fazer frente. Outra obrigação não tínhamos, certamente.
No palco, a nossa qualidade musical, constantemente trabalhada para melhorar, mostrou as suas qualificações. A potência e brilho aliados à interpretação com alma de cada obra, deixou os espectadores a olhar, desconhecendo esta banda que houveram visto uns anos antes. É diferente sim senhor, saibamos reconhece-lo também nós. Somos mais Banda ainda. E temos que mostrá-lo. O trabalho contínuo é que provoca isto e não só um simples melhoramento de batuta.
Seguiu-se a procissão. Pequena e simples. Um devoção a Deus e ao santo da terra acompanhada pelas duas bandas com as tradicionais marchas solenes.
Após o jantar, em Amarante, voltar-se-ia para o concerto final. Três horas de espectáculo repartidas pelas duas bandas.
Com a montra do nosso repertório, brilhámos novamente nesta terra que nos aplaudia. Com o poder do passodoble "Olé! Contrabandistes" e a magia da Abertura "Guilherme Tell", o misticistmo de "Fate of the Gods" e o virtuosismo de "Le Merle Blanc", passando pelos sons "portuguesíssimos" de "Canções da Tradição". Tudo isto mostrou, mais uma vez, a nossa marca, o nosso som, que nos identifica. E, daqui, só levamos a aprender. A Banda já não é só de alguns, mas de todos nós. E todos nós temos que a fazer viver e mexer. Para além de que somos cada vez mais Banda, passo a redundância. Os elementos são todos caras conhecidas e habituais. Há os amarantinos, os professores da escola e os músicos que vêm ajudar, para quem gostar destas distinções. Mas a verdade é só uma. Temos a possibilidade de contar com estes músicos de muito boa qualidade e, acima de tudo, uma grande amizade que só tentamos retribuir. E isto mantém-se desde 2008, pelo que a Banda é só uma, tornando o entrosamento natural de uma Banda normal. Porque também foi uma das nossas buscas. Procurar ser uma Banda como muitas outras, melhorando sempre mais. O plantel mantém-se com uma "espinha dorsal" igual em todas as festas. E a camisa diz Amarante.

Ficam os parabéns aos músicos, por se ultrapassarem todos os dias; à Banda de Mancelos, pelo bom concerto que fez; e à Comissão de Festas, pela boa organização, endereçando também o agradecimento por ter requerido a nossa colaboração nas festividades.

A ideia a reter: somos a Banda Musical de Amarante.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Semana da Banda Musical de Amarante '09

Entre os dias 17 e 21 de Agosto, assinalar-se-á a Semana da Banda Musical de Amarante. No decorrer desta, dar-se-á seguimento à iniciativa pioneira no ano passado, com a realização do II Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão.
Este evento consiste num conjunto de actividades dedicadas à filarmonia e desenvolvimento de aptidões musicais. Após, no ano passado, ter sido endereçado o convite às bandas filarmónicas de Amarante, neste ano, o convite vai abranger as áreas vizinhas, estendendo-se, desta forma, a todas as bandas dos distritos do Porto, Vila Real e Braga, os quais se tocam nesta região do baixo Tâmega, à qual pertencemos.
Durante os dias do estágio haverão aulas específicas de todos os instrumentos de sopro e percussão, com professores qualificados e especializados. Estes professores também darão aulas de música de câmara, havendo, no final do dia, um ensaio tutti para todos os participantes, de modo a preparar repertório para banda sinfónica. Esta preparação intensiva visa a apresentação, em três noites distintas, através de concertos e recitais: o recital dos professores (Cozinha dos Frades), o concerto de alunos (Auditório da Casa das Artes) e o concerto final da banda sinfónica (Claustros da C.M.A.). Os inscritos, que deverão pagar 50€ pela participação, terão ainda direito ao jantar em cada um dos dias.
Partindo do êxito obtido na última edição, deixamos aqui o convite e a promessa de um evento em grande. A confraternização não será esquecida, pelo que várias outras actividades, que não passam só pela música, serão combinadas, de modo a promover o convívio entre alunos e, também, professores.

A inscrição pode ser feita através do formulário, sendo que, na opção de envio de mail, este deve ser endereçado a estagio_verao@bandamarante.com. Também pode ser efectuada mandando simplesmente os dados relativos a nome, instrumento, banda, habilitações musicais (grau de conservatório/academia/escola da banda), telefone, e-mail para o mesmo endereço (estagio_verao@bandamarante.com). Uma informação mais detalhada sobre o evento pode ser encontrada aqui. Todas as aulas, ensaios e jantares decorrerão no Centro Pastoral de Amarante.

Fica, assim, o convite a todos os interessados. Até Agosto.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mística e progresso

Eis que a época prossegue. Aos poucos, a passos de bebé, tornamo-nos num grupo com melhores performances. Aqui, na nossa casa amarantina, demos a alegria ao povo de nos ver não morrer e voltar às ruas e coretos da cidade. Várias festas passaram, muito trabalho foi feito, novos desafios se colocaram, semana após semana. E soubemos superar sempre quaisquer obstáculos. Sempre com esta nova filosofia de que o trabalho começa dentro de cada um de nós. Só depois de bem preparados, nos uniremos uns aos outros para saír toda a arte que nos tem caracterizado. E tem dado bons resultados. A crítica tem sido excelente. Os níveis de motivação vão crescendo, aliando a nova linha de trabalho começada no seio mais prematuro da Instituição - a sua escola. Novos activos ingressam na Banda com uma formação dedicada por parte de professores com reconhecimento elevado. Algo que alguns podiam também aproveitar - certamente muito vantajoso e gratuito.

Aprontam-se aí novos desafios. Olhem bem para o calendário. Vamos ter novamente aquele que foi um ex-libris das iniciativas da nossa Banda - um estágio de Verão. Todo o calor humano, trabalho descontraído e as noites de música ao luar vão regressar naquela semana de Agosto. E, vejam mais, vamos voltar aos serviços por fora. Deslocar-nos-emos a Figueiró, para reencontrar a Banda de S. Martinho de Mancelos em mais um evento cultural à amarantina. É uma nova prova - mostrar também fora das portas da cidade as mudanças que optámos por levar a cabo. Têm dado frutos. Mostremos então a evolução. Com o nosso trabalho, dedicação e sentido de responsabilidade, de disponibilidade de representarmos esta Banda, que tanto nos deu, tornar-se-á, de futuro, mais fácil desfilarmos em mais festas e romarias deste género, por este norte fora. Todos nós, músicos, queremos ter serviços, desfilar, romar e tocar, com outras bandas e para o público. Mas nada disso será possível confirmar sem sinais nossos de certeza de que esta Banda pode contar connosco. Porque esta Banda nada mais é que nós mesmos. E o seu corpo encontra-se incompleto sem um de nós, seja o elemento que for.

O desafio está aí. Para quem nota, muita concentração e amor, porque assim será fácil lutar. Para quem não nota, um pouco mais de dedicação tornará a luta e a união mais forte. Já está visto que, no coreto, deixamos o suor todo na camisa. Façamo-lo também nas importantes e, ainda assim, poucas vezes em que somos requisitados para representar a Instituição.

sábado, 20 de junho de 2009

Atelier Musical '09

Com a nova filosofia de ensino e evolução assente numa nova e melhor pedagogia, novas iniciativas foram tomadas desde o ano passado, com vista a uma melhor formação para os alunos da Escola da Banda. Nesse sentido, em 2008 foi levado a cabo um evento em que os alunos mais novos da formação experimentavam e escolhiam os instrumentos musicais para os quais a sua vocação mais os chamasse. O resultado está aí. Dois novos executantes desde Dezembro e uma nova "fornada" no ponto fulcral da sua evolução.

Assim, com base nestes bons resultados, o evento repetiu-se este ano. A nova classe, maioritariamente com inscrição em 2009, teve hoje a sua primeira experiência de contacto com os instrumentos musicais. Desde todos os tipos de sopros até à percussão, os primeiros sons dos nossos jovens projectos foram audíveis, entre risos de admiração e brincadeira com o ruído provocado em cada experiência.
Aliado a isso, procedeu-se ao devido encaminhamento de todos os alunos de toda a escola (caso interessados) para a inscrição no Conservatório de Amarante. Esta escola, já em funcionamento, irá regressar no próximo ano lectivo ainda com mais áreas de ensino no que diz respeito aos instrumentos que irão ser parte dos espaços curriculares. A Banda assim aposta no seu futuro e, principalmente, no futuro destes jovens promissores, que só terão a ganhar com uma formação artística especializada.

Revejam-se os actuais executantes também nestes jovens alunos que, um dia, juntar-se-ão a nós. São a promessa e o futuro, com qualidade. Somos nós, que um dia entrámos por esta porta para fazer parte de algo bonito, e hoje descobrimos que isto é algo único.

domingo, 14 de junho de 2009

Corpus Christi 2009

Eis-nos de novo na rua. Após várias festas à chuva, vento, até mesmo neve, finalmente Sol. Na passada Quinta-Feira, 11 de Junho, feriado do Corpo de Deus, esperava-nos um tempo quente de primavera, quase estival. Estava na hora de voltar à rua, para brindar a cidade com o nosso serviço filarmónico. Ainda há poucos dias decorrera o marasmo das Festas da Cidade, e voltaríamos agora para um pequeno encore do que houvera sido.

Simples e eficaz. As 14 horas, a Banda Musical de Amarante, agora a "solo", desfilava desde sta. Luzia até S. Gonçalo, prestando as devidas honras ao mosteiro de nosso padroeiro. Prosseguir-se-ia até ao largo de António Cândido (Arquinho), de onde se retomaria o desfile musical, que desaguaria na imponente igreja. Algum tempo para os músicos descansarem, pouco, pois aproximava-se a hora do concerto. No bar ao largo do mosteiro, os músicos puderam refrescar-se face ao intenso calor, relaxar um pouco e debelar qualquer necessidade. Chegava finalmente a hora do concerto. Subiu-se ao coreto e, tocando e assobiando inclusivé, ofereceu-se ao público mais uma hora de entretenimento, arte e cor, tal como os músicos têm lutado para dar. O gozo não se gastara todo nas festas do passado fim-de-semana e cada obra parecia a estrear. As memórias dos músicos certamente repescavam a alma empreendida naquelas tardes e noite algo frias das Festas da Cidade em que se intrepretara cada peça com o coração no sopro e/ou na batida. Esta tarde não foi excepção. Porque somos a Banda Musical de Amarante, construindo o nosso presente, que ficará como passado de orgulho, lutando sempre por um grande futuro, não de cada músico, mas do grupo, da Instituição. Porque somos seres superiores, possuidores de uma capacidade evoluída de comunicação que penetra nas almas espectadoras, transmitindo-lhes sentimentos que nós próprios criamos e transpomos para os nossos instrumentos, cada vez que envergamos a camisa com o nosso pendão ao peito, de letras escarlate referenciando, quem nós somos, de onde vimos e onde pertencemos. Porque somos Amarante.

Unamo-nos sempre, como fizemos nestas festividades que ocorreram, como é necessário nesta Instituição que, relembremos, está a crescer do que foi um zero, mas que vai ganhando asas. Unamo-nos pelos laços que temos, de irmãos, de equipa, de muitos num só, que sabem comunicar a linguagem briosa musical de Amarante.

Foi durante uma hora que, em relaxamento mais uma vez, se fez a espera para a recta final da festa - a procissão. Depois do concerto, com interacção com o grupo de bombos da festa à mistura, sairia uma hora depois a procissão, conseguindo contrariar a etempérie meteorológica impeditiva do ano de 2008.

Findou-se assim esta festa. Três saídas desde Sábado dia 6 até à Quinta-Feira seguinte. Vamos voltar ao nosso núcleo, conversar e preparar os novos desafios que estão a saír quentinhos do forno, para ultrapassarmos e provarmos a nós próprios, todos os dias, o que significa fazer parte dos "Barbas Brancas" de Amarante. Estejam atentos aos avisos para estas semanas subsequentes.

Fica, por último, o programa do concerto:
Consuelo Císcar, Ferrer Ferran
Guilherme Tell, Gioacchino Rossini
Fate of the Gods, Steven Reinecke
Xutos Medley, arr.: Luís Cardoso
Canções da Tradição, Luís Cardoso

terça-feira, 9 de junho de 2009

Festas da Cidade 2009

Manhã chuvosa. Inacreditável para tal data. Tratam-se das Festas da Cidade de Amarante. Sempre caracterizadas por um cheirinho estival, este ano encontravam-se debaixo de um pluvioso fogo cerrado. Mais não era do que as condições que nos eram concedidas para fazer parte dos festejos. E seria com isto que partiríamos para o nosso trabalho de entreter, colorir, dar brilho e ilustrar as Festas de Junho.

Na manhã chuvosa de Sábado, dia 6, elementos, directores e amigos da Banda Musical de Amarante reuniram-se no complexo desportivo da Costa Grande para o tradicional jogo de futebol de cinco entre amigos. Divididos unicamente pela cor das camisolas (Azuis vs. Brancos), este grupo de amigos transpareceu a união e boa disposição corrente na Instituição. A vitória dos Brancos por 10-7 mais não foi que o corolário de uma manhã divertida e saudável certamente, como o é qualquer período reservado à prática desportiva – para além de uma boa exibição daquela equipa, obviamente.

Mas o mais importante viria, certamente, dali a umas horas. Por volta das 14 horas e meia, a Banda Musical de Amarante apresentava-se ao serviço, no interior da sua sede. Acontecia que no exterior chovia a cântaros. Só após um pequeno tempo de espera se reuniram as condições meteorológicas para a prática musical filarmónica. Era agora tempo de arruar pela cidade abaixo, estreando assim o mais novo executante do grupo: João Pedro Cerqueira vestia a farda azul pela primeira vez, incluído no naipe dos trompetes. O arruado começou em sta. Luzia, seguindo pela principal artéria da cidade, a rua Cândido dos Reis, parando em frente ao mosteiro de S. Gonçalo, só acabando na rua 31 de Janeiro. Fechava o arruado, com o mesmo trajecto, a banda nossa congénere que nos iria acompanhar nas festividades, a Banda de S. Martinho de Mancelos.

Após o arruado, era agora tempo dos concertos. Nos dois coretos no largo de S. Gonçalo, lutando contra a chuva – e, diga-se, vencendo – as bandas executaram obras variadas do seu repertório. Na de Amarante, a harmonia foi encontrada com a máxima dedicação de todos, apesar de tais condições. O novo repertório foi trazido a público mais uma vez. Foi possível mostrar o trabalho árduo de Sábados a fio em trabalho, o brilho dos objectivos atingidos nesse trabalho e as vantagens da escola de música da Banda com a execução por parte dos professores de todos os naipes que incluíram o grupo nestas festividades, sem excepção. Em formato de pergunta-resposta entre as duas bandas, o concerto terminou duas horas depois ao seu início. Viria agora o tempo para jantar.

Retomar-se-iam os trabalhos as 22 horas, para o concerto da noite, o expoente das Festas. O povo vibrou com a execução, obra após obra, aplausos após aplausos. Os executantes deram tudo, atingindo o estado de prazer na execução de cada nota, algo quase transcendente. A Banda mostrou o seu som, sempre o mais refinado possível. O repertório pautou-se pela já habitual inovação e movimento. Acabaria à meia-noite para, finalmente, os músicos poderem também, como qualquer outro cidadão aproveitar as festas que, não tardaria, iriam ser abrilhantadas pelo tradicional fogo-de-artifício.

No dia seguinte, Domingo dia do Senhor, as bandas apresentar-se-iam uma hora mais cedo. Novamente o arruado e novamente um concerto. Nem parecia que tinha havido serviço no dia anterior. A energia mantinha-se, o brilho também e o repertório não parava de mostrar música apetecível e inovadora. Sempre debaixo do perigo da chuva, partiu-se para a procissão. Num trajecto desde o mosteiro até sta. Luzia (e pelo caminho de volta), as bandas revezaram-se na execução das marchas solenes.

No fim desta procissão, o Pe. José Manuel Miranda proclamaria a palavra de Igreja sobre estas festas, finalizando-se com um bonito show de lançamento de cravos, a flor associada a S. Gonçalo.

O céu não apresentava melhorias e a energia da festa foi finalmente vencida. As marchas alegóricas com as quais a festa findava eram canceladas pela organização. O estado do tempo não permitia qualquer tipo de certezas, pelo que não se iria realizar o desfile. Nada que não tirasse o sabor destas festividades. As Festas da Cidade são dos serviços mais apetecíveis e esperados por nós. E, contra a chuva, demos duas voltas ao mundo, três a Amarante e mostrámos o nosso trabalho, gozando da arte que praticamos com todo o amor.

Espera-nos nada mais que o resto da temporada. Cá estaremos.

Fica só o programa dos três concertos pela Banda Musical de Amarante:
- Sábado de tarde:
Consuelo Císcar, Ferrer Ferran
Cavalaria Ligeira, Franz von Suppé
Fate of the Gods, Steven Reinecke
Uvas do Douro, Duarte Ferreira Pestana
Santana – a portrait, Carlos Santana/arr.: G. Gazzani

- Sábado à noite:
Olé! Contrabandistes, Ramon Garcia i Soler
Guilherme Tell, Gioacchino Rossini
A Volta ao Mundo, Paul Yoder/Harold Walter
Xutos Medley, Luís Cardoso
Português Suave, Carlos Marques
76 Trombones, Meredith Wilson/arr.: Naohiro Iwai

- Domingo de tarde:
Campinos Scalabitanos, Samuel Pascoal
Ross Roy, Jacob de Haan
Le Merle Blanc, Eugène Damaré
As 11 Partidas do Mundo, Amílcar Morais
Canções da Tradição, Luís Cardoso

terça-feira, 12 de maio de 2009

Um voto de confiança

Por motivos que nos são completamente alheios, a nós e ao nosso maestro, o concerto anunciado neste texto foi cancelado. Ainda assim, fica o nosso contínuo voto de confiança para este momento sempre importante que, certamente, o nosso maestro vai concluir, se não hoje, no dia em que for finalmente marcado.

A unanimidade no nosso seio não deixa entender outra coisa que não seja a grande admiração pela qualidade dos nossos maestros. Sem discriminar o bom trabalho que outrora outros directores artísticos empreenderam, hoje dispomos de uma equipa directiva artística fantástica. Se o maestro Fernando Marinho é um senhor na direção filarmónica/sinfónica, com provas dadas por todo o país, com a sua liberdade de movimentos, expressividade, excelente pedagogia e rigor, sendo um metrónomo humano, tanto a nível rítmico como expressivo; o maestro Armando Teixeira é uma promessa em ascensão, no mesmo seio que o viu nascer, dotado de um bom rigor rítmico e uma capacidade de trabalho notável. Sendo igualmente excelentes músicos, pela sua longa ligação à Instituição e pelo carinho que nutrimos com eles de forma mútua, vieram ocupar um lugar em que eram certamente desejados, e hoje não trocaríamos a sua presença pela de mais ninguém na direcção artística da Banda.

Pelas bocas da Europa andará Fernando Marinho. O maestro, flautista amarantino, irá concluir nesta quinta-feira o curso de Mestrado em Direcção de Orquestra de sopros do Hogeschool Zuid – Conservatorium Maastricht (Holanda). Entre outras provas, terá que dirigir uma orquestra durante um concerto. Esse concerto terá lugar no referido dia, às 17h00, no Auditório do Conservatoire National Région de Paris (França).
Aqui desejámos a melhor sorte ao nosso maestro, mostrando o nosso apoio, tal como ele nos mostra sempre que puxa por nós, acreditando sempre nas nossas capacidades e no nosso valor... tal como nós acreditámos no dele.
Já deu provas mais que suficientes que é um músico brilhante e este evento não será mais que o corolário de um trabalho duro e dedicado de anos levado a cabo pelo director artístico das Bandas de Amarante e Famalicão, que colherá certamente os seus frutos.

Caminhando para ser mestre na comunidade académica musical, mas já o sendo para todos nós, ao maestro Manuel Fernando Marinho desejamos a maior sorte deste mundo, deixando um voto de confiança. É Amarante que está com ele, em especial a Banda, família e amigos.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Canções de Liberdade

Desde 1142, os momentos mais importantes na nossa existência como estado e país foram, sem dúvida, o próprio dia da Formação do Reino de Portugal, em 1142, e o dia da Restauração da Independência, a 1 de Dezembro de 1640. Nestas datas, lutámos pela nossa identidade e independência face aos espanhóis, tendo conseguido tal objectivo do qual, aconteça o que acontecer, temos de nos orgulhar.
Mas, não menos importante do que estas duas datas, o 25 de Abril trouxe algo que é de importância máxima para os portugueses: a liberdade. O país viu-se livre do controlo prepotente e de uma terrível guerra. Não obstante às dificuldades que ultrapassemos hoje, às falhas ou sucessos na governação, conquistamos a liberdade no nosso próprio país, sem derramar sangue (excepção feita a quatro vidas tiradas por contra-revoltosos da PIDE). Aqueles capitães que se revoltaram na altura devem ser sempre lembrados como autênticos heróis, comparáveis ao rei D. Afonso, o Conquistador, D. Nuno, o Santo Condestável, Vasco da Gama e outros. Tantos heróis que nos lembram do que é a verdadeira alma portuguesa e que nos ensinam a ter esperança na melhoria dos tempos. Heróis que merecem ser sempre recordados nas suas devidas datas.

Neste ano, 35 anos depois, a Banda Musical de Amarante veio comemorar esses heróis de Abril. Às 16 horas do dia feriado, a Banda apresentou-se em concerto no largo de S. Gonçalo. Após um ensaio de colocação com todos os músicos na sede, seguiu-se para o largo da Igreja do Santo de Amarante. Lá, o palco estava a ser arranjado devidamente para o evento, com a colocação do material de percussão e das cadeiras e estantes. O tempo ameaçava pluviosidade, mas a verdade é que se aguentou, proporcionando boas condições para a realização do serviço. O perímetro enchia-se de pessoas para assistir, acabando por se reunir as condições necessárias.
Na hora seguinte, desenrolou-se o concerto. Num repertório completamente renovado face ao do ano transacto, foi interpretado um programa fiel ao tradicional formato filarmónico, provido assim de pasodoble, abertura clássica e abertura para banda, medley’s e números ligeiros, etc.
Tentando privar por inovar na música ligeira, encantar na música para banda e refinar na música mais erudita, a Banda interpretou as peças com brio e poder, cumprindo os objectivos do trabalho contínuo ensaio após ensaio das últimas semanas; sempre com o trabalho de afirmação e aperfeiçoamento dos músicos caseiros, servindo como base e identidade do nosso som. Solenemente, foi interpretado, no início e no fim, o tema de 25 de Abril, para marcar a data simbólica e histórica. Entre estas duas exposições, foram interpretados os seguintes temas:
- Olé! Contrabandistes – Pasodoble – Ramon Garcia i Soler
- Guilherme Tell – Abertura – Gioacchino Rossini
- Fate of the Gods – Setevn Reinecke
- As 11 Partidas do Mundo – Amílcar Morais
- Canções da Tradição – arr.: Luís Cardoso
- 76 Trombones – Meredith Wilson/arr.: Naohiro Iwai
Recheado de agressividade, poder, delicadeza e popularidade, este repertório permitiu colher boas reacções do público que, fiel como sempre, proporcionou uma boa assistência.

Continuará agora o nosso contínuo trabalho. Há muitos ensaios ainda para fazer e todos os serviços, bons ou maus, só nos devem fazer compreender de que somos capazes e que podemos e devemos trabalhar para alargar os nossos limites. Continuemos então.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Festividades Pascais '09

Um esquisito e indeciso Abril começou com chuva e tempo indesejável. Algo que S. Pedro soube anular, pelo menos por momentos, no fim-de-semana pascal. Nessa sexta-feira fazia um ano em calendário de festividades que a Banda Musical de Amarante voltara ao serviço (cronológicamente tinha sido no dia 21 de Março). Nada mais simbólico no calendário cristão que ter voltado ao trabalho na festa de morte e ressurreição do Messias. No entanto, não era isso o mais importante neste dia. Como Banda que somos, era só mais um serviço, a ser completo com toda a nossa aplicação e capacidade de bem executar.

No adro da Igreja da Sta. Casa da Misericórdia de Amarante, naquele início de noite, a Banda Musical de Amarante apresentou-se ao serviço com os seus elementos "da casa", do qual se pode dar ao luxo de ter em bom número. Sacerdotes, devotos, autoridades e instituições da cidade de Amarante juntaram-se nesta procissão que visa reconstituir e penitenciar o funeral de Jesus Cristo. O célebre e arrepiante instrumento - o qual não sei nomear - pedia o silêncio, e pelas ruas escuras e penitentes da cidade, a formação evoluiu, parando pelas várias igrejas, onde devotos davam uma vénia a Jesus Cristo sepultado e sacerdotes o beijavam. Assim, a romaria fúnebre passou desde S. Pedro, S. Domingos e S. Gonçalo, pelo largo do Arquinho, voltando por fim à Igreja da Misericórdia. Sempre acompanhada pelas marchas fúnebres da Banda de Amarante, a procissão recolheu. Estava prestado o culto e chorado o funeral de Jesus Cristo. Aguardava-se agora a Boa Nova da Ressurreição.

Domingo de manhã, finalmente. À meia-noite já ouviam os foguetes festivos. Naquela manhã, mais uma vez sob o risco de mau tempo, a chuva não se fez sentir - algo que se manteve durante o restante dia. A Banda Musical de Amarante apresentou-se assim bem cedo no Mosteiro de S. Gonçalo, de onde sairia a Visita Pascal para a paróquia. Assim, as cruzes seguiram pelo trajecto já habitual para dar a celebração da vida nova de Cristo às famílias crentes e devotas, sempre acompanhadas da música de desfile da Banda Musical de Amarante. Seguindo pelos caminhos mais difíceis, que já os músicos do passado trilhavam, esperavam-nos onze horas de marcha.
Amigos recebiam-nos em suas casas, onde amavelmente nos ofereciam repasto, ou nos felicitavam e aplaudiam. Passaríamos ainda pelo quartel dos Bombeiros de Amarante, ponto simbólico da caminhada. Passava-se assim o dia. Chegaríamos ao fim cansados e, alguns, lesionados, mas com o sentimento de missão cumprida. Um único percalço seria sentido, com o atraso na visita a uma das ruas de Amarante, devido a falha de instruções dos organizadores da paróquia para a Banda. Aos habitantes nessa rua pedimos desculpa, apesar de nos terem dado mal as informações. Resolvida a situação internamente, seguiu-se para a etapa final em direção ao mosteiro de S. Gonçalo. Saudados pela população e pelo Pe. José Manuel Miranda, interpretamos uma última marcha, Caçadores do 1, de Amílcar Morais. Acabaria assim o nosso contributo para uma das festividades mais importantes do calendário católico - a Páscoa.

Após este duro compromisso, em termos de exigências físicas, temos então a época de romarias. Segue-se um concerto de comemoração da Revolução de Abril. Até lá, espera-nos muito trabalho.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Centenário da chegada do primeiro comboio a Amarante

A 21 de Março de 1909, a linha do Tâmega foi inaugurada, ligando a estação de Caldas de Canavezes/Livração à de Amarante. Várias personalidades da altura fizeram essa primeira viagem na nova linha estreita que ligava o resto do mundo à princesa do Tâmega. À sua espera, estava o povo e a Filarmónica Amarantina (entre outras) para saudar o novo símbolo do progresso agora de passagem por Amarante.

No passado Sábado, cem anos depois, a data histórica não foi esquecida. Foi reconstituída a viagem número um do trajecto, com personagens a representar as personalidades de então a bordo da formação. Misturando as alegorias históricas com a realidade presente, mostrando a união entre a história e o progresso, Amarante assinalou este marco histórico na história das ligações e transporte na cidade. De nossa parte, não foi esquecida a presença dos nossos antepassados na ocasião. A Banda Musical de Amarante (outrora Filarmónica Amarantina) apresentou um contingente de músicos para abrilhantar a cerimónia, interpretando duas marchas: o Hino da Restauração e a marcha de Homenagem ao Dr. Manuel Vaz.
Assinalou-se assim, com um brio cultural característico da nossa cidade, este centenário, esperando poder contar sempre com este meio de transporte que, embora muitos não saibam, tem utilidade na deslocação de pessoas desde algumas freguesias, desde Sto. Izidoro (MCN) a Fregim, entre outras; assim como para quem se desloca desde a cidade do Porto com destino a Amarante, por caminhos de ferro. O trajecto é recheado de lindas vistas sobre as encostas à beira-Tâmega. Hoje resume-se apenas à ligação entre a Livração e Amarante, tendo outrora ligado também às terras de Basto, sempre pelas margens do Tâmega.
Recentemente foi fechada a circulação nesta linha do Tâmega, por supostos motivos de segurança. Esperemos que volte a ser reaberta, podendo assim dar continuidade ao serviço prestado à comunidade durante estes 100 anos.

Quanto à Banda, prosseguiu trabalho. Findada a actuação ao serviço desta data, os músicos foram trabalhar. Depois de um relaxado lanche em conjunto, foram retomadas as actividades com vista à preparação aos serviços e concertos que aí vêm a caminho, decorrendo o habitual ensaio.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ossos do ofício

Ninguém anda, nem deve sentir que anda, na Banda por obrigação. Já cada um de nós pensou o porquê de fazer parte desta Instituição? Será amor, será gosto pela música, será orgulho por algo da cidade que é nosso, serão os laços que se criam, será o calor humano?... Muitas podem ser as razões. Mas todas elas exigem o mesmo de nós - a responsabilidade. Não é a direcção, nem os maestros, nem a própria Instituição que o impõem. É a nossa presença e o nosso "sim" para cá ficar que determinam essa responsabilidade.

Já demos provas a todos que estamos cá. Já provamos a nós mesmos que os nossos limites podem ser sempre alargados. Não temos que provar nada a mais ninguém sem ser a estes "nós mesmos" que ainda continuamos a evoluir. E continuamos. Sem a nossa evolução, a presença dos elementos da Banda não-amarantinos não garantiria por si só a excelência que se tem vindo a verificar. É claro que estes elementos da Banda Musical de Amarante são muito bons, grandes aquisições cuja ajuda só os nossos maestros conseguem adquirir. Mas o corpo da casa é importante para garantir uma base a toda esta execução. A nossa identidade está contida em nós, esse corpo. E só quem sabe é que nos distingue de uma Banda sem músicos. Sim, porque estes ataques são constantes por parte de quem nos preferia ver nos tempos que para trás ficaram, ou mesmo de portas fechadas. Mas olhem, estamos aqui e temos músicos. Cada um de nós é importante a desempenhar o seu papel. Se um solista é importante pelo papel principal que a sua melodia desempenha numa obra, a terceira voz de um naipe é igualmente importante pelo espaço que preenche, ao vir trazer mais brilho e doçura a essa mesma obra. E quem são esses solistas, primeiras, segundas e terceiras vozes? Somos nós, habitantes em S. Gonçalo, S. Veríssimo, Cepelos, Madalena, Fridão, Padronelo... Amarante, a nossa terra (sem desrespeitar as presenças de efectivos de Baião e Lixa - igualmente importantes).

Assim, cabe-nos compreender a profundidade das alterações que, há cerca de um ano, tiveram início após a nossa luta. Temos uma direcção executiva e artística completamente remodelada e moderna que atingiu objectivos nunca antes pensados. Temos uma escola, cuja aposta tem sido a mais preponderante; há um professor para cada instrumento, com qualificações e habilitações, já com provas dadas. Temos tido a colaboração de um grupo de músicos sempre regular, o que os torna parte da Banda, tendo sido esse o nosso "plantel", contrariando a ideia de que não temos músicos. Temos uma filosofia de trabalho completamente diferente, tendo a dedicação e empenho aos ensaios de ser maior ainda, com obras completamente diferentes e mais distintas; temos de deixar de parte preguiça e elevar a fasquia para o impedimento relativamente a razões para faltar.

Não deixem de pensar nisto. É o nosso sonho.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Um ano depois

No passado domingo dia 8 de Fevereiro fez um ano que a Banda Musical de Amarante voltou à actividade após um pequeno hiato de uns meses. Num ano:
- Saldaram-se todas as dívidas da Banda;
- Muniu-se vários naipes (em especial a percussão) de novos instrumentos;
- Renovou-se a quase totalidade o repertório;
- Realizaram-se os mais importantes serviços do calendário, mantendo vivas as mais marcantes tradições;
- Recuperou-se grande parte da motivação dos músicos;
- Recuperou-se a actividade em pleno da Escola de Música, apetrechando-a com professores especializados no ensino dos instrumentos de sopro e percussão;
- Realizou-se um dos mais ambiciosos eventos - um estágio de Verão; com uma crítica geral muito boa, com resultados positivos ao nível do convívio, aprendizagem e música; com planos para um novo evento;
- A proximidade entre as Bandas de Amarante e, em especial, de Mancelos expandiu significativamente com novas relações de cumplicidade entre os músicos, mantendo sempre a rivalidade amigável, mas criando um ambiente de maior convívio relativamente a outros anos.

Assim sendo, não deixem nunca morrer este sonho que é de todos nós, em conjunto. Aproveitem todas as oportunidades que a Banda oferece, de modo a se sentirem bem e a evoluír, porque é para isso que todos se esforçam lá dentro.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Encontro de Cantadores de Janeiras '09

A Banda Musical de Amarante fez-se representar no passado Sábado dia 31 de Janeiro pelo seu grupo de "cantadores e tocadores" no encontro de Cantadores de Janeiras de 2009.
O evento realizou-se no multiusos onde antigamente se situavam as fábricas da Tabopan. Entre várias colectividades, a Banda actuou no quarto lugar da ordem listada, com o seu grupo habitual que saiu nas noites de Dezembro e Janeiro para desejar as Boas Festas.

Com apresentação do mestre de cerimónias Delfim de Carvalho, vários grupos representantes de instituições e associações recreativas das freguesias de Amarante actuaram, interpretando uma canção de janeiras. De entre os participantes, além da Banda de Amarante, encontravam-se ainda , entre outros, a Banda de Várzea, o Coro da Igreja de S. Gonçalo e a Tuna de S. Faustino de Fridão, onde vários companheiros e amigos actuaram também. A Banda Musical de Amarante interpretou a habitual canção de Reis com a qual saudou durante este início de ano as famílias que a acolheram no seu calor do lar. Finda assim a actividade de Boas Festas da Banda.

Passemos agora ao trabalho intensivo que será a preparação da nova época. Não faltem aos ensaios. Bom trabalho.