Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Inovando

Os meses de Janeiro e Fevereiro de 2011 ficam marcados na história recente da Banda Musical de Amarante. Acima de tudo pelo conceito de inovação que. Foi neste período que demos largas a mais um evento pedagógico e musical com sucesso e que foram eleitos os corpos directivos para os próximos três anos.

Começando pelo I Curso de Direcção de Banda, o primeiro curso do género na região - desde um curso promovido pelo INATEL há cerca de 30 anos. Há que referir que o sucesso do evento ultrapassou a expectativa. Foram 10 participantes, 3 deles como ouvintes, em busca de ensinamentos do nosso director artístico. Um trabalho árduo para a Banda, que serviu de ferramenta de trabalho para os maestros. Era necessário repetir várias vezes a mesma obra ou trecho, não para uma correcção à Banda, mas sim ao aprendiz de maestro, na sua técnica, expressividade e movimentos. Era necessário, sempre que havia uma solicitação para se parar de tocar, parar mesmo, de modo a que se perdesse o mínimo de tempo nos ensaios. A Banda - bem como o quarteto do segundo dia de trabalhos - correspondeu da melhor forma, respondendo a cada movimento de cada um dos diferentes maestros, de modo a estes se darem conta da sua evolução e dos seus erros. O produto final resultou num concerto na sede da Banda, onde cada participante teve direito a dirigir uma obra. Bons momentos musicais que mostraram aos espectadores o fruto do trabalho durante os dias, com realce especial para Artur Senhor e Emanuel Silva, elementos da Banda que se apresentaram a dirigir neste concerto. Os parabéns a eles e seus colegas no curso, pela experiência que ganham e conferem também à Banda - enriquecida pela diversidade de experiências de direcção em apenas 3 dias; os parabéns a todos os músicos que, durante o evento, mostraram ter as obras preparadas de modo a não ser necessária correcção à Banda, num tempo dedicado principalmente às técnicas de direcção. Os parabéns à organização e ao nosso director artístico, Fernando Marinho, pelo sucesso do evento.

No início de Fevereiro, teve lugar, desta vez, o importantíssimo processo de eleição dos corpos directivos para o triénio seguinte. Passados três anos da tomada de posse da anterior direcção (a 8 de Fevereiro de 2008), tal como precisa a lei, foram eleitos os directores para os próximos anos.
Desta eleição resultou a continuidade da direcção que estava ao serviço, com adição de dois novos elementos, como um sinal de estabilidade, tendo sido a única lista a candidatar-se.
O corpo musical da Banda de Amarante reitera o seu apoio a esta direcção pelo seguinte número de razões:
  • Qualidade: de todas as opções para maestro que foram tidas em conta, nenhuma reunia consenso entre os músicos, senão Fernando Marinho, com uma qualidade reconhecida no universo filarmónico e um currículo que fala por si. A sua agenda extremamente complicada, dividida entre Lisboa e Porto não impediu que pudesse colaborar com a Banda, ao contrário de quaisquer outras opções, ainda assim fixadas a Norte. A aposta no maestro Armando Teixeira e na sua evolução revelou-se importante e hoje colhemos os frutos da simbiose entre os dois, não conhecendo limites na nossa vontade de evoluir.
  • Projecto: num cenário de crise, optar por serviços de romaria com orçamentos baixos, arriscando assim a saúde financeira da Instituição em compromissos que não o justificam, ficou entendido entre os músicos como algo dispensável. O trabalho desenvolvido em busca de uma qualidade sonora implica requisitos ao nível do número de músicos e diversidade tímbrica. Assim sendo, em vez de se optarem por festas, com baixos orçamentos e com um número reduzido de músicos só para preencher o calendário, o projecto passa por objectivos pedagógicos e evolutivos, onde se inserem agora dois cursos e estágios. Desta forma, realça-se que uma banda filarmónica persegue qualidade musical e não divertimento festivo. No entanto, cada vez mais compromissos têm surgido no calendário, a grande maioria agradáveis e com boas bandas congéneres.
  • Renovação: a direcção eleita vinha-se focando na aposta nos jovens valores da terra, de modo a reconstruir a Banda a partir da sua escola.
  • Estabilidade financeira: a grande dívida que os directores anteriores a 2008 arduamente trabalhavam para apagar, está completamente debelada. Aliás, os últimos relatórios e contas mostravam antes saldo positivo. Como expresso no ponto acima, os músicos apoiam a escolha consciente dos compromissos no calendário se se traduzir na saúde financeira da Banda e na boa qualidade das condições para a execução musical.
São alguns dos motivos que agradam e muito ao corpo musical. Alguns executantes houveram que divergiram com esta filosofia mas que, por serem poucos, se afastaram da Banda - a quem nós respeitosamente guardamos pena de não contar com a sua presença.
Apesar da continuidade, a palavra inovação aplica-se aqui também, pois há objectivos atingidos mas há, também, objectivos a alcançar - a incessante busca de nos melhorarmos a cada ensaio e concerto. Os sócios escolheram e mantém-se o projecto.