Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

sábado, 27 de dezembro de 2008

Boas Festas 2008/09

Em mais uma quadra natalícia, a Banda Musical de Amarante volta à rua para saudar os hospitaleiros conterrâneos. Com uma força que nem este frio abala, vimos trazer a boa-nova por meio daquilo que conta todas as histórias – a Música.
A si, que nos recebe nestas noites de cantares de reis (ou janeiras, se assim preferir), desejamos este ano que tenha um Natal em toda a sua plenitude de união familiar, culminando num novo ano em que essa união se venha a reforçar ainda mais, pois uma família unida enfrentará melhor todas as crises e malapatas sociais que possam haver, tornando a realidade e a actualidade lugares mais apetecíveis.
Assim sendo, fica o nosso desejo de um Natal cheio de harmonia e um novo ano primoroso na afinação.

- Cantares dos reis:

Venha ao berço de Menino,
Ilusão cheia de paz:
Tudo isso aqui lhe traz
Nosso canto cristalino

Regresso ao Reino vivido
É milagre do Natal,
É a família total
Ou o amor nunca perdido.

(coro)
Na noite da nossa Vida,
Tão querida e tão sofrida,
Há uma estrela brilhante
É o rio e as florestas
E as festas, boas festas,
Do Natal de Amarante

Momentos de encantamento
Lhe tragam um ano novo
Com os seus ou com o povo
Ou a sós, em pensamento.

Sinta a vida menos dura,
E, para que seja assim,
Viva o ano até ao fim
Em demanda da ventura.

(coro)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Novo fotolog

A Banda Musical de Amarante tenta sempre expandir-se pelas comunidades mais populares do world wide web. Assim sendo, uma das primeiras a que aderimos outrora, foi a comunidade fotolog, na qual nos possibilitam expor uma foto por dia, ficando essa foto como elemento principal da homepage.
Na altura o espaço dava pelo link de http://www.fotolog.com/herminio_azevedo, como forma de homenagem ao maestro de então. No entanto, e por uma questão de respeito, mudámos o link para http://www.fotolog.com/banda_amarante (já agora, clique aqui). Assim, o espaço fica mais personalizado de acordo com as nossas preferências e não se corre o risco de desrespeitar todos aqueles que fazem hoje parte do nosso passado.
Tal operação requeriu a eliminação do anterior espaço e criação de um novo, tentando manter as preferências do anterior. Assim sendo, ainda dispõe de poucas fotos, pelo que se tentará adicionar material novo todos os dias.
Não deixem de visitar.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Vivos

Suponhamos que talvez haja vida na terra com o intuito de atingir marcas. Marcas pessoais, de realização de objectivos. Marcas temporais.

Ontem a Banda Musical de Amarante chegou à simpática marca de 154 anos de vida. Uma longevidade cheia de memórias, mística, histórias e trabalho, apenas interrompida por um curto hiato, que só prenunciou uma época completamente nova e mais motivante. Mas pausar não significa parar, e eis-nos de volta, com vontade sempre de dar “o melhor e mais um pouco” de cada um de nós e deste todo que é a Banda.

Tal como em 1854, mas não tão cedo, os executantes concentraram-se na sede da Banda a horas madrugadoras. Sete e meia e já lá estavam túnicas azuis, preparados para tomarem parte mais um ano na história e tradição desta instituição. Água ardente e vinho do Porto, figos secos e pão-de-ló. Rever um pouco a “matéria” e saltar para o autêntico frigorífico exterior que era o ambiente amarantino. A neve na serrania em redor deixava o ar frio, gélido mesmo. Mas não era nada que o músico não estivesse habituado. Interpretou-se o Hino da Restauração à porta da nossa casa, onde ensaiamos e delineamos todas as tácticas para os serviços. Seguiu-se para a nossa antiga casa, os Bombeiros Voluntários de Amarante, onde nos ofereceram um pequeno “mata-bicho” que soube pelo calor hospitaleiro. Rumou-se pela cidade abaixo, acenando à nossa terra-mãe e ao nosso lindíssimo mosteiro, dando também o devido relevo a uma das mais antigas instituições de imprensa de Portugal, “A Flor do Tâmega”. Seguiu-se a romagem ao cemitério, onde a “Alma Máter” pautou a nossa sentida homenagem aos amigos já idos. Lembremo-nos sempre desta marcha fúnebre. Apesar de ser um hino de despedida, foi a toada que nos saudou de volta quando nos reformulamos na já ida Sexta-Feira Santa. A manhã acabou com a cerimónia religiosa. Os entes sagrados, figurados no novo Pe. José Miranda, concederam-nos a sua bênção e desejo de continuidade, por toda a nossa importância como difusores da música – talvez uma linguagem de Deus, não querendo ser herege. Aproximando a Banda da paróquia, deram som à cerimónia um coro dirigido pela executante Beatriz Monteiro e seu organista e o executante Fábio Pinto da Costa na flauta Transversal. Finalmente, 13 horas, tempo para almoçar.

Salto no tempo, 14h15, já estavam de volta os músicos à sede. Hora de ensaiar uma última vez antes do concerto, a cereja em cima do bolo. Mais músicos vieram ajudar à festa, completando a formação, enriquecendo timbricamente o grupo. Chegada a hora, abrir-se-iam as cortinas ao público e dar-se-ia início ao concerto. Abriu-se com Consuelo Císcar, um passodoble castelhano cheio de delicadeza e cor. Seguiu-se com o Concertino de Weber para clarinete, abrilhantado pelo primeiro clarinete Carlos André. Ross Roy deu início à toada ligeira da tarde. A pequena e simpática Typewriter cativou claramente o público com uma coreografia cómica e viva. O medley de Carlos Santana prosseguiu após discurso do nosso presidente, Dr. Dinis de Mesquita e, porque estamos em Portugal, houve direito a uma rapsódia. Ao iniciar e finalizar o espectáculo, interpretou-se o “nosso” Hino da Restauração, como símbolo solene do nosso aniversário. Os maestros Manuel Fernando Marinho e Armando Teixeira dirigiram a Banda durante o evento. E como este dia é símbolo das ditas marcas, que falei acima, o discurso do nosso presidente contemplou precisamente este tema. Tivemos direito a despedir-nos de um executante que, por motivos de ordem maior, teve que se apartar da Banda, deixando-nos com pesar mas com bons momentos para recordar – o sr. Joaquim Borges em saxofone alto. Saudamos o mais novo executante, Delfim Carvalho em oboé. Congratulámos um dos nossos símbolos do grupo: Alberto Flores. O nosso eterno pratilheiro chegou à marca dos 50 anos de vida filarmónica. Teve direito à homenagem e a um sentido brinde da direcção.

Foi assim que passou a tarde. Veio a noite para deleitarmos o nosso paladar. O restaurante “A Grelha”, sempre fiel ao bom gosto gastronómico, providenciou um bom banquete, onde se juntaram músicos, amigos, directores e família. Houve tempo para discursos, onde o nosso presidente destacou a selectividade nos objectivos e serviços e a capacidade para lidar com homens, tentando primar pela diferença, assim como o agradecimento à Câmara Municipal por todo o apoio. A isto, o Dr. Armindo Abreu, autarca da cidade, respondeu destacando a importância da nossa colectividade na cultura e futuro do nosso concelho.

Termina assim o dia. Levamos todos para casa um sorriso pela vida que a Banda tem hoje. Vida nova. Ficam os agradecimentos aos músicos convidados, que vieram ajudar e abrilhantar o dia, com uma classe sem dúvida excelente; a dois maestros que fazem das tripas coração por esta Banda e que provam que são brilhantes e cada vez melhores; a todos os que trabalharam e mostraram o resultado, chegando a esta marca que nunca pode ser esquecida. Valeu a pena.