Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

terça-feira, 20 de abril de 2010

Festa de Covas - Lousada

Era um passo importante - conseguir marcar lugar num acontecimento em local privilegiado no universo filarmónico, de modo a mostrarmos a nossa qualidade, pela qual tanto trabalhamos em todos os ensaios. Conseguimos, finalmente.
A Banda Musical de Amarante apresentou-se ao serviço, na manhã do dia 18 de Abril passado, na freguesia de Covas, em Lousada, com o seu grupo habitual de executantes, marcando apenas duas alterações no que diz respeito aos habituais colaboradores sem vínculo, três faltas por compromissos profissionais de executantes e dois reforços a pensar na importância da festa.

Conduzida pelo maestro titular Armando Teixeira, a Banda percorreu uma parte da freguesia pela manhã, cumprindo as formalidades de uma festa muito bem organizada, algo de louvar. Três elementos da Comissão de Festas acompanharam e guiaram o nosso maestro, de forma cordial e simpática, permitindo à Banda cumprir com as obrigações. A sintonia entre o nosso director artístico e o nosso maestro ficou bem patente neste serviço - o facto de termos dois maestros não causa nenhum conflito destrutivo, bem pelo contrário. Confinando a pasta da batuta unicamente a Armando Teixeira, a Banda contou com a execução de Fernando Marinho como primeiro flauta, mostrando que este nosso "mestre" é um músico mais que completo, aliando a sua mestria na batuta à excelente técnica e musicalidade na flauta transversal.
Pelo meio da manhã, houve ainda tempo para um lanche oferecido por um dos habitantes da freguesia, que encheu por completo as medidas de quem, cansado, percorreu quilómetros durante horas. A boa disposição imperou, em conjunto com o espírito de grupo. A Banda veio para um pouco mais longe, algum tempo depois da última vez, e surgiu unida, com os elementos nucleares a garantir um excelente ambiente, acarinhando os elementos mais novos e os colaboradores. Tal união reflectir-se-ia, obviamente, na qualidade musical.
Ao fim da manhã, a Banda de Amarante encontrar-se-ia, finalmente, com a sua congénere para darem a volta à igreja do local da festa. Este outra formação dispensa apresentações: a Banda de Música de Lousada é, há muito, uma referência no palco filarmónico da nossa zona. A sua qualidade musical reside nos excelentes músicos que tem ao seu serviço e na aposta constante na educação artística, dispondo de bons recursos com o Conservatório do Vale do Sousa mesmo ali ao lado. Um exemplo que nós estamos mesmo a seguir e que recomendamos. Quem também dispensa apresentações, sendo fulcral para a qualidade desta formação, é o seu maestro Romeu Silva. Figura de renome como maestro e também como instrumentista em tuba, justificando a sua longevidade na direcção desta banda pela sua qualidade e capacidade contínua de evolução.

A tarde chegaria, após um almoço em conjunto num restaurante da região. Era altura do concerto. Duas bandas com uma prestação excelente prenderam o público ao adro da igreja, mesmo com acessos de chuva e vento que se fizeram sentir durante a tarde. Duas formações com um bom repertório para apresentar e um bom equilíbrio de naipes. Se de um lado aparecia a Banda de Lousada, com classe na sua musicalidade e qualidade no seu som, do outro a Banda de Amarante apresentava um som poderoso e uma excelente expressividade, inclusive ao nível do contraste de dinâmicas. Saibamos olhar para a Banda de Lousada e aprender com toda a qualidade que têm, uma plena justificação do bom nome que vêm construindo desde há muito tempo, mas saibamos também ver as coisas boas que apresentamos, os bons exemplos que soubemos dar a nível artístico e que temos de manter ou mesmo melhorar ainda mais.
Fica a discriminação das obras de concerto apresentadas por nós:
  • Consuelo Císcar - pasodoble - Ferrer Ferran
  • Guilherme Tell - abertura - Gioacchino Rossini
  • Fate of the Gods - Steven Reineke
  • Marcha Eslava - op. 31 P.I. Tchaikovsky
  • A Volta ao Mundo - Paul Yoder & Harold Walter
  • 76 Trombones - Meredith Wilson/arr.: Naohiro Iwai
Antes da última música, ainda tempo para a procissão solene. Voltava-se depois ao palco para terminar o concerto. A prestação final da Banda captou bem a atenção de quem assistia. Somente três trombones e um som cuidado e, ao mesmo tempo, poderoso. Pareciam mesmo 76...
A despedida trouxe cenas louváveis no relacionamento entre duas bandas com bons conhecimentos - uma marcha em conjunto.

Acabava assim, por volta das 20h00, este serviço. No autocarro continuaria a diversão entre os músicos que queriam somente perpetuar a alegria de uma festa que adoraram fazer.
Obreiros de um bom dia de serviço? A nossa direcção, obviamente. O nosso maestro, que lidou com muitos assuntos, tais como garantir o número suficiente de papéis para toda a gente tocar, reservar lugares num restaurante de qualidade para o nosso almoço, a sua liderança e, claro, a sua prestação artística que viu neste serviço mais frutos de uma boa evolução contínua. O sr. Manuel Teixeira, fervoroso amigo da Banda (pai de Armando Teixeira), que nunca nos abandona nas várias festas e que, nesta em especial, garantiu e ajudou a escolher as fardas que fossem necessárias para quem não tivesse. Os colaboradores que vieram auxiliar, pela sua enorme generosidade e entrosamento. Os executantes de um núcleo duro que se fortalece cada vez mais e que garante a unidade de um grupo que se faz de cada um de nós. Em suma, todos nós que, mais uma vez, soubemos ser Amarante.

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