Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Festa de Sobrão - Paços de Ferreira

Regresso a um local já conhecido, em histórias do passado. Uma terra que nos guarda na memória acontecimentos melhores e piores. Um passado que já lá vai, pois no dia 9 de Agosto apresentou-se a Banda Musical de Amarante que temos vindo a reformular, com um ímpeto e qualidade totalmente diferentes do que outrora viemos mostrar aos habitantes da freguesia de Sobrão, em Paços de Ferreira.

O plano de actividades foi o normal em festas deste calibre. Pelo menos para nós - talvez para algumas pessoas mencionadas no texto anterior não fosse suficiente. Percorreram-se os locais da freguesia indicados pelos membros da comissão, sempre com a companhia destes. A missa teve lugar durante uma parte da manhã, dando lugar ao fim das actividades neste período, com oportunidade ainda para um pequeno concerto. Os elementos da Banda foram então conduzidos a um restaurante nas redondezas onde, com qualidade e simpatia, foram servidos de um revigorante almoço. A tarde traria calor, sem dúvida, mas as imediações do palco eram dotadas de um arvoredo relativamente denso, proporcionando um ambiente mais ameno e agradável. A Banda fez o seu concerto durante a tarde, com toda a calma e sem pressão qualquer para uma interpretação ininterrupta das peças. As obras saíram ainda melhor, houve tempo para descansar entre elas e de, inclusive, fazer um intervalo e, ao contrário do que acontece em alguns sítios, o átrio da igreja onde se colocou o coreto, estava cheio de pessoas a assistir à actuação. A incontornável comparação com a banda da zona - Paços de Ferreira - que é uma referência no plano filarmónico, trouxe ainda mais sabor aos músicos, com elogios por parte do público e aplausos a cada obra. Teve ainda lugar a procissão solene, finalizando-se com a marcha de despedida.

A Banda terminava assim o serviço, causando uma excelente impressão. A mensagem de uma nova Banda Musical de Amarante, com uma qualidade superior, talhada para serviços de excelência (e não para festas em pó e sem cor), para grandes concertos e para compromissos pedagógicos e de evolução passou assim para mais uma região. Nunca na nossa história estivemos tão em pé. Fizemos serviços com grandes bandas, com um reconhecimento de grande qualidade pelos nossos pares (falamos de Lousada, Póvoa de Varzim...), desenvolvemos uma maior cultura de grupo a partir do trabalho em conjunto e da inevitável camaradagem nas viagens no autocarro, deslumbrámos Amarante a cada passagem. Vamos agora partir no projecto mais ambicioso de cada ano, com o concerto mais desejado por cada músico - o Estágio de Verão.

A Banda está viva! Só quem tem pouca cultura filarmónica e ainda vive no tempo das "chicas" que só querem é festas para beber e fazer ruído é que não o reconhece. Só quem não vai até à Internet e pesquisa o nosso dia-a-dia não chega a esta conclusão. Em sentido contrário, músicos de um universo filarmónico mais evoluído - em que se aposta mais na evolução das Bandas, em concertos sinfónicos, estágios com grandes maestros e concursos - congratulam, elogiam e encorajam os maestros e executantes da Banda Musical de Amarante. São alguns frutos de bom trabalho ilustrados em factos reais e não no sensacionalismo deste autor.

Moralizados pelos elogios e fortalecidos pelas críticas, os músicos da Banda Musical de Amarante seguem em união, procurando fazer sempre melhor, alheios aos julgamentos de quem pouco percebe. É esta, certamente, a Banda que, em tempos, sempre sonhámos ter.

Concerto da manhã:
  • Consuelo Císcar, pasodoble - Ferrer Ferran
  • Ross Roy, abertura - Jacob de Haan
  • Le Merle Blanc, polka para flautim - Eugene Damaré
Concerto da tarde:
  • Hispânico, pasodoble - Nuno Osório
  • Guilherme Tell - Gioacchino Rossini
  • Marcha Eslava - P. I. Tchaikovsky
  • Fate of the Gods - Steven Reineke
  • Xutos Medley - arr.: Luís Cardoso
  • Santana, a portrait - arr.: Giancarlo Gazzani
  • Canções da Tradição, rapsódia - arr.: Luís Cardoso

4 comentários:

carlos disse...

Parabéns á B.M.A pelo grande trabalho desenvolvido nos últimos anos,mas não posso deixar de notar neste texto algum azedume para com anteriores elementos que deram o que tinham e o que não tinham até sangrar pela boca que me aconteceu muitas vezes em festas que acabavam às 4-5 e até 6!da manhã,o maestro actual ainda comeu desse pão que o diabo amassou,muitos de vós nem imaginam o que era serviços duros.
As filarmónicas,quer queiramos ou não,têm um papel na sociedade que não se adequa propriamente a músicos de salão,é preciso apanhar pó,suadelas.molhadelas para se sobreviver,conforme a mentalidade dos "festeiros"como é óbvio e não estar subsidio dependente porque é meio caminho andado para o fracasso.Eu percebo para quem é a vossa mensagem,mas não generalizem,não confundam a árvore com a floresta porque correm o risco de possíveis inimizades e não é seguramente isso que a Banda precisa.Um abraço

Hélder Barbosa disse...

O nosso maestro já passou por 37 bandas. Acho esquisito se nunca teve serviços desses.

São festas que já ninguém gosta de fazer. Mérito para quem as fez no passado, sem dúvida. abraço

Fábio Pinto da Costa disse...

Os elementos do passado não perdem nunca o mérito do que fizeram.

O núcleo duro dos músicos prefere evoluir a tocar que fazer festas sem nexo. Preferimos seguir o exemplo pedagógico da Banda Amizade, o exemplo estrutural da Banda Sinfónica Portuguesa e os exemplos de qualidade das Bandas de Famalicão, Amares, Lousada... Enfim, exemplos de referências no plano filarmónico nacional.

As críticas dirigem-se a quem fica de fora a criticar pois ou foi arredado ou não foi escolhido para fazer parte do projecto directivo, para grande mal de seus caprichos. Porque nos baseamos em factos e não em boatos.

Ninguém me convidou para director, ninguém me ofereceu pagamento melhor que algumas bandas que me sondaram e, no entanto, estou aqui para a BMA, porque sei que este é o melhor caminho para a evolução.

Um abraço

carlos disse...

Tenho imenso orgulho de ter feito parte da BMA,quando comecei ainda era a Banda dos Bombeiros Voluntários de Amarante,não sei porquê mas não importa,o que importa,passe a redundância é que futuro terão as filarmónicas se enveredarem por Bandas Sinfónicas,insisto e é o meu ponto de vista e vale o que vale,que não há espaço para isso ainda para mais numa terra onde está sediada uma orquestra.Só vejo uma saída e já a defendo há muitos anos que são as Bandas Municipais,mas para comer pó se for preciso,porque para receber um salário tem de haver retorno.Finalizo com uma achega.para quando acabar com o acompanhamento da Visita Pascal?Esse sim é um serviço que não dignifica a Banda nem os executantes.um grande abraço para todos sem excepção e não pensem que estou aqui de má fé,muito pelo contrário,já dei muito à Banda e nunca aspirei a nada a não ser servi-la com dedicação e humildade e não me arrependo,só não volto porque não estou em condições psicológicas para o fazer,quem está deve sentir prazer naquilo que faz e eu já não sentia isso há muito.para mim cada festa já era um martírio antes de abandonar.