Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Festividades Pascais '09

Um esquisito e indeciso Abril começou com chuva e tempo indesejável. Algo que S. Pedro soube anular, pelo menos por momentos, no fim-de-semana pascal. Nessa sexta-feira fazia um ano em calendário de festividades que a Banda Musical de Amarante voltara ao serviço (cronológicamente tinha sido no dia 21 de Março). Nada mais simbólico no calendário cristão que ter voltado ao trabalho na festa de morte e ressurreição do Messias. No entanto, não era isso o mais importante neste dia. Como Banda que somos, era só mais um serviço, a ser completo com toda a nossa aplicação e capacidade de bem executar.

No adro da Igreja da Sta. Casa da Misericórdia de Amarante, naquele início de noite, a Banda Musical de Amarante apresentou-se ao serviço com os seus elementos "da casa", do qual se pode dar ao luxo de ter em bom número. Sacerdotes, devotos, autoridades e instituições da cidade de Amarante juntaram-se nesta procissão que visa reconstituir e penitenciar o funeral de Jesus Cristo. O célebre e arrepiante instrumento - o qual não sei nomear - pedia o silêncio, e pelas ruas escuras e penitentes da cidade, a formação evoluiu, parando pelas várias igrejas, onde devotos davam uma vénia a Jesus Cristo sepultado e sacerdotes o beijavam. Assim, a romaria fúnebre passou desde S. Pedro, S. Domingos e S. Gonçalo, pelo largo do Arquinho, voltando por fim à Igreja da Misericórdia. Sempre acompanhada pelas marchas fúnebres da Banda de Amarante, a procissão recolheu. Estava prestado o culto e chorado o funeral de Jesus Cristo. Aguardava-se agora a Boa Nova da Ressurreição.

Domingo de manhã, finalmente. À meia-noite já ouviam os foguetes festivos. Naquela manhã, mais uma vez sob o risco de mau tempo, a chuva não se fez sentir - algo que se manteve durante o restante dia. A Banda Musical de Amarante apresentou-se assim bem cedo no Mosteiro de S. Gonçalo, de onde sairia a Visita Pascal para a paróquia. Assim, as cruzes seguiram pelo trajecto já habitual para dar a celebração da vida nova de Cristo às famílias crentes e devotas, sempre acompanhadas da música de desfile da Banda Musical de Amarante. Seguindo pelos caminhos mais difíceis, que já os músicos do passado trilhavam, esperavam-nos onze horas de marcha.
Amigos recebiam-nos em suas casas, onde amavelmente nos ofereciam repasto, ou nos felicitavam e aplaudiam. Passaríamos ainda pelo quartel dos Bombeiros de Amarante, ponto simbólico da caminhada. Passava-se assim o dia. Chegaríamos ao fim cansados e, alguns, lesionados, mas com o sentimento de missão cumprida. Um único percalço seria sentido, com o atraso na visita a uma das ruas de Amarante, devido a falha de instruções dos organizadores da paróquia para a Banda. Aos habitantes nessa rua pedimos desculpa, apesar de nos terem dado mal as informações. Resolvida a situação internamente, seguiu-se para a etapa final em direção ao mosteiro de S. Gonçalo. Saudados pela população e pelo Pe. José Manuel Miranda, interpretamos uma última marcha, Caçadores do 1, de Amílcar Morais. Acabaria assim o nosso contributo para uma das festividades mais importantes do calendário católico - a Páscoa.

Após este duro compromisso, em termos de exigências físicas, temos então a época de romarias. Segue-se um concerto de comemoração da Revolução de Abril. Até lá, espera-nos muito trabalho.

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