Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Festas da Cidade (parte I)

Sábado, dia 5, amanheceu nublado. Pairava um certo receio de que as Festas da Cidade de Amarante decorressem debaixo de mau tempo, à imagem do ano anterior. Nada fazia prever, visto que, nos dias anteriores em que, inclusive, a Banda acompanhou as marchas do infantário "O Miúdo", houve sol radioso e calor.
No entanto, para o grupo de amigos que se juntava nessa manhã para jogar futebol no complexo desportivo da Costa Grande, não podia estar melhor. O clima ameno proporcionou um agradável ambiente para a prática do desporto e brincadeira. As duas "cuecas" do Miguel ao Fábio e os quatro golos deste e mais umas quantas assistências; as corridas do José Albano e a distribuição de jogo do Cristiano; o faro para o golo do nosso presidente e os rasgos pelo campo do Vítor "Frei" Brandão; O instinto felino do Tiago, na baliza, o esforço do pequeno João, o porte físico do Carlos André e o pontapé-"canhão" do Artur Emanuel. Uma autêntica parada de estrelas esquecidas pelo seleccionador às portas do Mundial 2010. As mesmas estrelas que visitaram poucos dias antes o Ricardo Carvalho, nessa manhã mostravam que tinham aprendido alguma coisa com o profissional, quanto mais não seja, humildade e boa disposição em ambiente de divertimento.

A festa propriamente dita viria de tarde. O estado do tempo era visualmente falacioso e nada estragou o ambiente para o serviço. A Banda apresentou-se a desfilar pelas 15h30, seguida da sua congénere, a Banda Musical da Póvoa de Varzim. Uma estreia, pois há muitos anos que não vinha uma formação de fora do concelho às festas da cidade.
João Vaz, maestro dos poveiros, conta com vários músicos da Banda Militar do Norte como colaboradores, tornando a actividade desta banda um pouco mais profissional. Os valores individuais e o poder sonoro destes que nos visitaram ficaram bem patentes nos concertos. Do outro lado - da casa - a Banda de Amarante mostrava o seu cartão de visita, ou digamos, desta vez, de hospitalidade. Um esforço na qualidade e poder do som. Neste aspecto ambas as bandas se sentiram limitadas. O pouco espaço e a estrutura completamente metálica dos coretos não proporcionaram as melhores condições para trabalhar a qualidade sonora e, em certas partes, os músicos não se conseguiam ouvir, apesar da qualidade avaliada no exterior ser bem diferente desta realidade e pela positiva. Foi, ainda assim, o melhor esforço da organização, o qual temos que agradecer.
Foram dois concertos agradáveis, com repertório inovador, tanto do trabalho recente da Banda de Amarante, como do trabalho pouco conhecido na nossa cidade da Banda da Póvoa. Cativámos o povo amarantino durante a tarde e a noite e proporcionámos o melhor dos ambientes. Um dos momentos altos ilustrou-se nos aplausos após a interpretação do andamento final da Suite Alentejana de Luís de Freitas Branco. Numa romaria, em que talvez os espectadores esperassem mais música ligeira, a Banda de Amarante mostrou muita arte na interpretação de uma obra mais erudita e o povo amarantino mostrou a sua cultura refinada, pois foi a peça com a qual devemos ter colhido mais aplausos. Houve espaço para brincadeiras e alguns erros, mas tudo ultrapassado com sorrisos e adicionando qualidade à actuação. Sinais de união, como já foi referido, e de que nos sabemos desenvencilhar em qualquer momento.
No final, tempo ainda para uma marcha em conjunto pelas duas bandas, mostrando aqui também interacção entre os músicos das duas bandas, alguns conhecidos entre eles.

A equipa de executantes arrumou, junto com o nosso ajudante, o material do palco para o interior do mosteiro, preparando já o dia seguinte, no final de todo o serviço. A Banda mostrou aos amarantinos o patamar que já ocupa, pois soube apresentar aspectos positivos lado a lado com uma das referências filarmónicas do distrito e soube olhar para o outro coreto e aprender com o que de melhor lá se produziu.
Só falta mais um dia de festas para contar.

Programa do concerto da tarde:
  • Hispânico - pasodoble, Nuno Osório
  • Guilherme Tell - abertura, Gioacchino Rossini
  • Fate of the Gods, Steven Reineke
  • Le Merle Blanc - polka para flautim, Eugene Damaré
  • Canções da Tradição - rapsódia, Luís Cardoso
Programa do concerto da noite:
  • Consuelo Císcar - pasodoble, Ferrer Ferran
  • Marcha Eslava, P.I. Tchaikovsky
  • Suite Alentejana - andamento final, Luís de Freitas Branco
  • Xutos Medley, Luís Cardoso
  • A Volta ao Mundo, Paul Yoder & Harold Walter
  • 76 Trombones, Meredith Wilson/arr.: Naohiro Iwai

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