Avisos:

A Banda de Amarante vai apresentar-se em Peroselo, Penafiel, para a festa em honra da Nª Srª da Visitação, no próximo dia 7 -- VI Estágio de Verão e Curso de Aperfeiçoamento de Sopros e Percussão (este ano com o maestro José Rafael Pascual Vilaplana) de 19 a 23 de Agosto -- Banda Musical de Amarante - Vencedora do 1º Prémio/III Escalão do IV Concurso Internacional Ateneu Artístico Vilafranquense e Prémio Tauromaquia

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Festas da Cidade (parte II)

Finalmente estava aí o último dia das Festas da Cidade. A vontade dos músicos não esmorecia após dias e dias de trabalho e eis que se apresentou, novamente, a Banda Musical de Amarante, pelas 15h30, para dar início à etapa final do serviço. Após o dia de Sábado, acompanhados pela Banda de Música da Póvoa de Varzim, no Domingo viria actuar a Banda de S. Martinho de Mancelos, tal como reza a tradição - pelo menos num dia, os músicos do oeste do concelho vêm fazer companhia à Banda da Cidade.

Após o desfile, foi altura para as formações actuarem em concerto. No largo de S. Gonçalo, a Banda de Amarante deu continuidade ao trabalho do fim-de-semana, lutando por manter a qualidade demonstrada, não revelando sinais de cansaço por parte dos músicos. Nem sequer foi necessário repetir qualquer obra interpretada no dia anterior (pode-se incluir como excepção nisto a rapsódia Português Suave, embora tenha feito parte do programa do concerto da Banda da Póvoa de Varzim). Do outro lado, respondia a Banda de Mancelos, com um programa inovador e irreverente, demonstrando o trabalho que Nuno Penetro, o seu maestro, tem desenvolvido com um grupo de músicos constituído, em grande parte, por jovens em formação em escolas de música como o Conservatório do Vale do Sousa.

O serviço terminava com a procissão solene pelas ruas da cidade. Problemas físicos com músicos de percussão obrigaram um dos colegas a integrar o naipe durante a solenidade - a prova de que, por vezes, é necessário espírito de sacrifício para nos podermos valer uns aos outros e dar o nosso melhor pelo grupo.

Terminava assim a presença das bandas filarmónicas nas festividades, com o tradicional lançamento dos cravos da varanda dos reis do mosteiro de S. Gonçalo. Terminavam também dias longos de trabalho da Banda Musical de Amarante. Arrumavam-se os instrumentos, descansavam-se os músculos, relembravam-se histórias e ficava a vontade de ver mais para o próximo ano.
A Banda deu sinal positivo à cidade que a veio ver. Mostrou-se que o crescimento existe e não pára, que a união é, cada vez mais, inquebrável e que quem porventura estiver à espera que a Banda não resista neste novo projecto, provavelmente ou se irá desiludir ou, por outro lado, irá aderir à causa.

A visão filarmónica que, apesar de relativamente antiquada, muito valorosa foi durante anos e ainda serve a muitas bandas, já vê cada vez mais perto o seu fim. Festas, romarias e procissões nunca irão acabar e desaparecer no calendário das bandas filarmónicas. São símbolos de resistência de boas tradições que não devem morrer. No entanto, o principal objectivo de uma formação filarmónica está a deixar de ser, durante os anos, somente esse tipo de compromissos. Hoje evolui-se no sentido de um compromisso com a formação e proliferação da cultura musical num cenário mais evoluído. As bandas não devem nunca deixar de interpretar obras para as massas, pois o público merece ter música do seu agrado, quando contribui para, numa festa, contar com a presença de uma banda. Mas o futuro aponta para o trabalho focado em novas peças, escritas para formações sinfónicas, focadas numa delicadeza, sensibilidade e dificuldade ainda mais puxadas, de modo a que uma banda ganhe prestígio, qualidade e força.
É nesse sentido que a Banda de Amarante funde nos seu calendário as várias romarias (Páscoa, Festas da Cidade...) com o evento principal da temporada filarmónica, que é o Estágio de Verão. Porque os músicos merecem divertir-se nas festas e aprender ainda mais no estágio. E porque Amarante e as outras localidades que querem contar com os nossos serviços também merecem o melhor de nossa parte.
É nesse sentido que vamos trabalhar.

Último parágrafo para voltar ao tema destes compromissos que tivemos pela frente nos últimos dias. Sinais de evolução e união. Levamos para casa ensinamentos com o que de melhor e pior conseguimos produzir e, com certeza, iremos mostrar que aprendemos com tudo isso, ao nos apresentarmos ainda melhores da próxima vez. Os parabéns a todos e o agradecimento a quem se dedicou nestes últimos dias e aos colaboradores de sempre, que acrescentam grande qualidade ao grupo, bem como um ambiente saudável e pŕoximo.

Na tarde de domingo a Banda interpretou os seguintes temas:
  • Campinos Scalabitanos - paso doble, Samuel Pascoal
  • Ross Roy, Jacob de Haan
  • Mar i Bel - fantasia espanhola, Ferrer Ferran
  • Português Suave - rapsódia, Carlos Marques
  • Abba Mia, Luís Cardoso

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